1. Introdução e Estudos Referenciais

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                    Produto I

Introdução e Estudos Referenciais

ARAPIRACA 2012

Plano Diretor da UFAL Campus Arapiraca, 2012.

1

Reitor da Universidade Federal de Alagoas
Eurico de Barros Lôbo Filho
Vice-reitora da Universidade Federal de Alagoas
Raquel Rocha de Almeida Barros
Direção Geral do Campus Arapiraca
Márcio Aurélio Lins dos Santos
Direção Acadêmica do Campus Arapiraca
Eliane Aparecida Holanda Cavalcanti
Coordenação da Unidade Palmeira dos Índios
Sueli Maria do Nascimento
Coordenação da Unidade Penedo
Mac-Davison Buarque Lins Costa
Coordenação da Unidade Viçosa
Diogo Ribeiro Câmara
COMISSÃO TÉCNICA DO PLANO DIRETOR - Portaria nº 080 de 24/09/2010 e Portaria 017/2012 de 25 de julho
de 2012
Thaisa Francis César Sampaio Sarmento - Presidente
Rafael Rust Neves – Vice-presidente
Camila de Sousa Vieira
Geílson Márcio Albuquerque de Vasconcelos
Odair Barbosa de Moraes
Simone Carnaúba Torres
Raquel de Almeida Rocha
Bolsistas e estagiários:
Anderson Miranda dos Santos
Arley Fernanda Cavalcante
Danilo Veríssimo da Silveira
Dayana Rossy Moreira Bezerra
Gabriele Paiva Braga
Girleno Alves de Almeida
José Cláudio dos Santos Silva
Katryce Muniz Santos Costa
Lívia Karla Alves Lima
Max Dellys Soares Santos
Paulo Rodolfo Cavalcante Santos
Pedro Bezerra de Oliveira Neto
Rafaella Barbosa Bezerra
Renan dos Santos Silva
Thiago Gilney Ferreira Silva
Reitoria - Campus A. C. Simões
Av. Lourival Melo Mota, s/n, Cidade Universitária - Maceió - AL, CEP: 57072-900
Campus Arapiraca - Sede
Av. Manoel Severino Barbosa, s/n, Bom Sucesso - Arapiraca - AL, CEP: 57309-005
Unidade Palmeira dos Índios
Rua Sonho Verde, S/N, Eucalipto – Palmeira dos Índios – AL, CEP: 57076-100
Unidade Penedo
Av. Beira Rio, s/n - Centro Histórico – Penedo – AL, CEP: 57200-000
Unidade Viçosa
Fazenda São Luiz, S/N, Viçosa – AL.

Sumário
2

1. INTRODUÇÃO

04

2. PRINCÍPIOS ORIENTADORES

06

3. OBJETIVOS

08

3.1. Objetivo Geral

08

3.2. Objetivos Específicos

08

4. METODOLOGIA

08

5. HISTÓRICO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

09

5.1. Unidades Acadêmicas

15

5.2. Estrutura Organizacional da Universidade Federal de Alagoas

17

6. O PROCESSO DE INTERIORIZAÇÃO DA UFAL

18

6.1. As variáveis indissociáveis

20

6.2. O Campus e os pólos

31

6.3. O Ensino Superior nos Municípios-sede

34

7. AS TRÊS DIMENSÕES FUNDAMENTAIS

39

7.1. Ensino

39

7.2. Pesquisa

46

7.3. Extensão

56

8. CARACTERIZAÇÃO SOCIAL DA COMUNIDADE ACADÊMICA DO

61

CAMPUS ARAPIRACA
8.1. Corpo social da UFAL em seus três Campi

61

8.2. Corpo social da UFAL no Campus Arapiraca (Sede e Unidades)

63

8.2.1. Corpo Docente

65

8.2.2. Corpo Técnico-Administrativo

70

8.2.3. Corpo Discente

73

8.2.4. Corpo de Funcionários Terceirizados

82

Referências

85

1. INTRODUÇÃO

3

O Campus Arapiraca da Universidade Federal de Alagoas vem passando por
transformações resultantes da construção das instalações universitárias no seu espaço físico,
nas suas quatro Unidades Acadêmicas: Unidade Viçosa, Unidade Penedo, Unidade Palmeira
dos Índios e Sede Arapiraca. A infraestrutura instalada contempla blocos de salas de aula,
auditório, biblioteca, instalações esportivas, laboratórios, setores administrativo, enfim, um
conjunto de equipamentos que tem sido edificado desde o processo de interiorização da
Universidade, em 2006.
Diante disso, o planejamento do Campus Arapiraca está diante de uma grande
oportunidade, mas também, de um grande desafio: por se tratar de um campus universitário
recém-instalado, a UFAL/Campus Arapiraca encontra-se numa ocasião privilegiada para
elaborar seu Plano Diretor. É uma oportunidade ímpar de possibilitar à comunidade
acadêmica, pensar seu espaço físico e institucional, junto com os agentes da gestão, nos
primeiros estágios de funcionamento do Campus, permitindo a essa comunidade uma
atuação participativa na construção dos espaços físico e social da universidade.
Ao mesmo tempo, esse esforço de planejamento se mostra urgente e necessário.
Materializados no espaço físico do campus, os equipamentos universitários produzem uma
dinâmica na ocupação que, se não for devidamente pensada, pode ocasionar problemas
irreversíveis, podendo comprometer o desenvolvimento do Campus, tanto nos aspectos
acadêmicos, sociais, econômicos e ambientais.
Outro fator diretamente relacionado com esse estágio inicial de implantação é o
conjunto de demandas emergenciais por infraestrutura. Para desempenhar suas atividades de
forma precária, os cursos instalados no Campus dependem do planejamento e construção de
uma série de equipamentos universitários. As demandas por tais equipamentos na ordem do
dia e, portanto, precisam ser edificados no espaço universitário com urgência.
Diante desse contexto, o Conselho da Unidade deliberou afirmando a necessidade de
elaboração de um Plano Diretor com o intuito de promover um arranjo espacial e acadêmicoinstitucional que oriente o desenvolvimento do Campus Arapiraca, em consonância com os
objetivos e metas apontados pelo Plano de Desenvolvimento Institucional, pelo Projeto
Pedagógico Institucional e pelo Projeto de Interiorização da Universidade Federal de Alagoas.
O trabalho está sendo conduzido por uma comissão composta por professores e
alunos da UFAL/ Campus Arapiraca. Essa comissão encarregada da elaboração do Plano é
aberta a todas as áreas do conhecimento e aos Cursos presentes nas quatro Unidades,
visando à elaboração do Plano Diretor do Campus Arapiraca de forma universitária, a partir da
integração dos diferentes campos do saber.
Este relatório, elaborado pela equipe técnica do Plano Diretor UFAL Campus Arapiraca
Sede e Unidades Palmeira dos Índios, Penedo e Viçosa apresenta um diagnóstico da
4

comunidade universitária, das instalações físicas e das condições de funcionamento, visando
oferecer um panorama do Campus no contexto atual.
O diagnóstico foi elaborado contemplando as seguintes escalas:
a) escala intra-universitária, que diz respeito ao espaço destinado às unidades
acadêmicas com suas instalações;
b) escala universidade/cidade, que diz respeito à relação entre a Unidade Acadêmica e
a cidade onde está situada, e;
c) escala universidade/região, relativa à inserção da universidade no contexto regional
em que está inserida.
Essa abordagem multiescalar tem por objetivo contemplar os impactos biunívocos
entre o espaço urbano e regional e o espaço universitário, de modo a permitir uma análise
mais abrangente da interiorização, cujo mote consiste numa estratégia de desenvolvimento
regional.
A proposta está estruturada em três partes:
 Produto I. Introdução e Estudos Referenciais;
 Produto II. Caracterização do corpo social e diagnóstico setorial da infraestrutura
e instalações físicas das Unidades Acadêmicas – Arapiraca, Penedo, Viçosa e
Palmeira dos Índios, contemplando as Áreas temáticas e as Estimativas de expansão;
e Resumos Executivos dos relatórios finais e diretrizes para as Unidades
Acadêmicas – Arapiraca, Penedo, Viçosa e Palmeira dos Índios;
 Produto

III.

Diretrizes

estruturantes

e

setoriais

e

Planos

Gerais

de

Desenvolvimento Territorial: proposta para discussão junto à comunidade
acadêmica.
O primeiro produto traz uma avaliação do projeto de interiorização da UFAL no Agreste,
a partir de uma análise atual dos objetivos traçados, da regionalização proposta e das
variáveis indissociáveis, definidas como metas prioritárias nas ações de planejamento: as subregiões naturais e suas vocações econômicas e a demanda pela formação superior no interior
do estado. A avaliação comparou os dados levantados no contexto da elaboração do Projeto
de Interiorização, em 2004, com os dados atuais para as duas variáveis indissociáveis. Os
estudos sobre a comunidade universitária consistiram em um levantamento de dados
quantitativos e qualitativos de modo a clarificar melhor o corpo social da comunidade
acadêmica da UFAL Campus Arapiraca Sede e Unidades. Esse estudo é de extrema
relevância, pois qualquer instrumento de planejamento deve priorizar as pessoas, com suas

5

especificidades e diferenças. Por fim, o conhecimento sobre a comunidade acadêmica permite
uma leitura mais precisa sobre suas demandas, seus anseios e suas expectativas.
O segundo produto traz um levantamento das condições atuais das quatro Unidades
Acadêmicas do Campus Arapiraca – Unidade Viçosa, Unidade Penedo, Unidade Palmeira dos
Índios e Sede Arapiraca – a partir de quatro áreas temáticas: assistência estudantil, identidade
e cultura, serviços urbanos e infraestrutura. Foram realizados levantamentos em todas as
Unidades Acadêmicas do Campus Arapiraca, de modo a elaborar um panorama atual no
tocante a esses quatro temas.
O terceiro produto descreve as diretrizes de crescimento com base nas necessidades
das Unidades Acadêmicas, e apresenta estimativas de investimentos para o Campus em
prazos de execução, a saber: emergencial, curto, médio e longo prazo, considerando um
horizonte de até 12 anos. Esta estimativa é baseada na continuidade do processo de
planejamento, aqui iniciado, que possa promover melhores condições de vivência e de
trabalho nos espaços universitários do Campus Arapiraca. Esta última parte finaliza com
parâmetros construtivos para espaço escolares e o inventário das edificações propostas,
considerando as diferenciações entre as Unidades de Ensino, mas também propondo que
seja mantida uma unidade de planejamento arquitetônico baseada em princípios de conforto
ambiental, acessibilidade, partido arquitetônico, racionalidade construtiva e valorização das
pessoas, estudantes, professores, técnicos administrativos e funcionários terceirizados,
enquanto usuários dos espaços edificados.

2. PRINCÍPIOS ORIENTADORES
Os princípios orientadores foram tomados como fundamentos de todas as atividades
desenvolvidas no decorrer da elaboração do Plano Diretor. Eles são definidos a partir de uma
reflexão sobre a problemática do espaço universitário em questão, ou seja, são os produtos
fundamentais do processo de produção de conhecimento acerca do objeto do planejamento
e, portanto, se constituem como ancoragens que devem nortear as proposições das ações em
seus múltiplos aspectos. A partir da análise do diagnóstico realizado, foram definidos os
seguintes princípios orientadores:
1. Participação: o processo deve ser aberto à participação e ser representativo das
aspirações de toda a comunidade universitária. Qualquer instrumento de planejamento só se
constrói com o posicionamento ativo daqueles que estarão direta ou indiretamente implicados
em seus desdobramentos. Participar da tomada de decisões que trazem implicações coletivas
e individuais é um direito do cidadão e deve ser exercido na sua plenitude.
6

2. Interação social: estimular o encontro e a coesão da comunidade universitária,
criando espaços de permanência e de convivência. As Unidades, de modo geral, foram
implantadas em locais distantes dos centros das cidades, configurando espaços universitários
ermos e desconectados da vida urbana. Somando a isso, é latente a ausência de serviços
complementares tais como farmácias, mercados e terminais de auto atendimento para
serviços bancários próximos às Unidade Acadêmicas. No âmbito intra-universitário, a
Interiorização tem centrado seus esforços em equipar as Unidades Acadêmicas, em primeiro
lugar, com espaços destinados à transmissão do conhecimento; em menor grau, com
espaços para produção do conhecimento; e em último lugar, com espaços destinados à
interação da comunidade universitária. Aos espaços de convivência têm sido destinadas áreas
residuais, sem nenhum tipo de conforto que estimule a permanência. Em suma, as Unidades
são carentes de centralidades que possibilitassem a interação da comunidade acadêmica e a
apropriação ativa do espaço universitário para fins de lazer e descontração.
3. Desenvolvimento físico-espacial: dotar os espaços universitários de infraestrutura
adequada, favorecendo o bom desempenho das atividades acadêmicas. A carência de
espaços adequados afeta usos fundamentais em qualquer espaço universitário, tais como
bibliotecas, auditórios e laboratórios, e não atende às demandas mínimas por assistência
estudantil, evidenciada pela ausência, em todas as Unidades, de residência universitária e
restaurante universitário. Além disso, persistem problemas de infraestrutura relacionada aos
serviços básicos, tais como interrupções freqüentes de abastecimento de água e fornecimento
de energia e a adoção de soluções paliativas para o esgotamento sanitário.
4. Integração: na escala intra-universitária, integrar as quatro Unidades Acadêmicas;
na escala regional, integrar as Unidades às cidades-sede e às regiões em que o estão
situadas. Com Unidades situadas em diferentes microrregiões, o Campus vem sendo
fragmentado por problemas decorrentes de dificuldades de estabelecer similaridades e de
fragilidades do aparato institucional vigente. Faz-se necessário promover a coesão das
Unidades respeitando suas diferenças e construindo um campo de diálogo pautado por
objetivos comuns, promovendo um redesenho do aparato institucional e redefinição da
relação Campus/Unidades Acadêmicas. Em maior escala, faz-se necessária a construção de
espaços para diálogos entre universidade e sociedade com vistas a implementar ações em
prol do desenvolvimento regional, nos aspectos culturais, políticos, econômicos e sociais.

3. OBJETIVOS
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3.1. Objetivo Geral:


Instaurar um processo de planejamento contínuo que promova o desenvolvimento
físico-territorial e acadêmico-institucional do Campus Arapiraca, em articulação com a
realidade regional em que está inserido, a partir de uma metodologia participativa,
definindo metas para um lastro temporal de 12 anos.

3.2. Objetivos Específicos:


Mobilizar a comunidade universitária para pensar de forma coletiva o desenvolvimento
do Campus Arapiraca de forma articulada com a promoção do desenvolvimento
regional;



Promover a integração das quatro Unidades Acadêmicas que compõem o Campus
Arapiraca, respeitando suas diferenças;



Ampliar os espaços de interlocução entre a UFAL Campus Arapiraca e as instituições
públicas com vistas a construir um espaço de diálogo interinstitucional.

4. METODOLOGIA
A primeira etapa de elaboração do Plano Diretor consistirá na elaboração de um marco
teórico-conceitual de modo a aproximar a equipe técnica com o tema planejamento de
espaços universitários. Foram realizadas reuniões com apresentações de estudos de caso
sobre planos diretores de universidades brasileiras, onde foram discutidas as metodologias
adotadas, os conteúdos e os resultados alcançados. O marco teórico serviu de insumo para a
produção de conhecimento sobre o tema.
A segunda etapa consistiu na divulgação do início das atividades do Plano Diretor às
Unidades Acadêmicas. Essa fase teve por objetivo mobilizar e sensibilizar a comunidade
acadêmica para pensar de forma conjunta o desenvolvimento do Campus Arapiraca.
A terceira etapa consistiu na elaboração de um diagnóstico do Campus Arapiraca, a
partir de um levantamento sistemático de dados sobre o corpo social do Campus e sua
infraestrutura física. Essa etapa consistiu em diversas visitas às Unidades Acadêmicas com
vistas a coletar dados referentes aos problemas vivenciados e às ações desenvolvidas pela
comunidade acadêmica.
A quarta etapa consistirá na definição de diretrizes a partir do diagnóstico realizado,
assegurando a participação da comunidade acadêmica no delineamento das ações que
poderão produzir efeitos concretos no desenvolvimento do Campus Arapiraca.

8

5. HISTÓRICO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
A Universidade Federal de Alagoas foi criada em 25 de janeiro de 1961, por ato do
então presidente Juscelino Kubitscheck.
O ensino superior no estado era oferecido por faculdades isoladas, a exemplo da
Faculdade de Direito, criada em 1933, a Faculdade de Medicina (1951), Filosofia (1952),
Economia (1954), Engenharia (1955) e, por fim, a Faculdade de Odontologia, criada em 1957.
Essas instituições de ensino superior, representando o processo de modernização de
Alagoas, consolidaram e deram condições para a criação da UFAL.
Os dez primeiros anos da Universidade Federal de Alagoas foram conduzidos pelo
Reitor Aristóteles Calazans Simões. Empossado em outubro de 1961, o primeiro Reitor da
UFAL tinha como principal meta a criação de uma Cidade Universitária, pois das seis
Faculdades que faziam parte da nova Universidade, apenas duas funcionavam em instalações
adequadas. As demais estavam alocadas em espaços que comprometiam seu bom
funcionamento. A Escola de Engenharia estava instalada no antigo prédio da Escola Técnica.
A Faculdade de Odontologia estava mal acomodada num edifício que havia sido construído
com propósitos residenciais. A Faculdade de Filosofia funcionava junto ao Colégio Guido de
Fontgalland e a Faculdade de Ciências Econômicas também não possuía sede própria. A
UFAL carecia ainda de um edifício para abrigar a Reitoria. Diante dessas condições, o Reitor A.
C. Simões dedicou todo o seu reitorado, com três mandatos de duração, à criação de
espaços físicos, de instalações adequadas, de construções e de reconstruções visando dotar
a UFAL do seu espaço universitário.

Criação da Universidade Federal de Alagoas

A implantação da Cidade universitária da UFAL começa a se tornar realidade em 1966,
com a construção dos primeiros edifícios.
Entre os anos de 1971 e 1975, a UFAL é dirigida pelo Reitor Nabuco Lopes Tavares da
Costa e por um grupo de professores que buscaram dotar a universidade de uma feição
moderna, apesar dos marcos autoritários do governo ditatorial. De imediato, o Reitor Nabuco
Lopes e sua equipe trataram de descentralizar a administração superior, criando as Pró9

Reitorias de Assuntos Acadêmicos, de Assuntos Comunitários e de Assuntos de
Planejamento. Órgãos de assessoria ao gabinete do reitor também são instituídos, inclusive
uma Assessoria Especial de Segurança e Informação AESI, sob a direção de um coronel do
exército, que tinha como finalidade reunir informações sobre professores, funcionários e
estudantes e repassá-las aos órgãos federais de repressão.
Até 1971, a UFAL havia apenas realizado ações de educação formativa. Com o intuito
de registrar as deficiências da instituição, foi elaborado um plano emergencial para o ano de
1972, e um plano para o período 1973-1975, intitulado Documento Descritivo Preliminar. A
administração de Nabuco Lopes considerou que a UFAL encontrava-se ―fechada em si
mesma, dissociada do esforço regional de desenvolvimento e desvinculada de outras
organizações oficiais e privadas (...) atribuía-se tudo isso aos padrões conservadores
eminentemente rígidos‖ adotados pela administração anterior, que utilizava da centralização
das ações sem qualquer suporte técnico, fazendo com que as decisões fossem sempre
pessoais. Haviam sido criadas algumas assessorias e departamentos, mas não funcionavam
devidamente, sendo urgente uma reforma universitária (VERÇOSA & CAVALCANTE, 2011).
A reforma universitária foi implementada pela Lei n° 5.540 de 28 de novembro de 1968.
A Universidade foi então reestruturada com a junção de órgãos e a criação de Centros em
substituição aos Institutos e Faculdades. Na área da saúde, as ações foram ampliadas graças
ao funcionamento do Hospital Universitário e a vinda do Navio-hospital S. S. Hope, através de
convênio entre a UFAL e a uma fundação norte-americana, a qual o navio pertencia.

De 1974 a 1975 novos cursos foram criados, possibilitando a formação de profissionais
em outras áreas do conhecimento. Os novos cursos criados nesse contexto foram:
Agronomia, Arquitetura, Enfermagem, Tecnólogo mecânico, Tecnólogo Industrial de Açúcarde-cana, Licenciatura em física, Matemática, Química, Biologia, Educação Física, Licenciatura
curta em pedagogia. No ano seguinte criam-se os cursos de Tecnólogo em Bovinocultura e
Saneamento ambiental.
Esse crescimento fez surgir a necessidade de ampliar o quadro de professores. Em
1975, a UFAL contava com 539 professores, dos quais 13 tinham título de mestre e apenas 03
com título de doutor. A Universidade investia na qualificação dos seus professores através da
10

Comissão Permanente de Tempo Integral e Dedicação Exclusiva (COPERTIDE), da Comissão
de Pós-Graduação e Pesquisa (CPP) e dos Departamentos Didático-Científicos.

Obras do Hospital
Com a expansão dos cursos, a Universidade passa a carecer de espaços físicos uma
vez que as obras no Campus A C. Simões ainda não estavam concluídas. Foi criada nesse
período a imprensa universitária e pela primeira vez a Universidade realizaria concursos
públicos para o ingresso de seus docentes. A UFAL mobilizara cada vez mais esforços na
produção de pesquisa.
A Universidade celebra um convênio com a Superintendência do Desenvolvimento do
Nordeste (SUDENE), para desenvolver um estudo ecológico e um levantamento do potencial
pesqueiro dos estuários e lagoas do Estado.
A década de 70 foi marcada por avanços na institucionalização das atividades artísticas
e culturais, como o Coral Universitário fundado em 1973, o Corufal; o lançamento do Cinema
de Arte, Cinufal e a abertura do Museu Theo Brandão de Arte e Folclore, ambos em 1975; e a
fundação da Biblioteca Central em 1976. Também foram criados o Conjunto Musical e de
Dança Moderna e Grupos Folclóricos (Pastoril, Baiana, Maracatu e Taieira).
No fim desta década, houve um acréscimo do número de docentes com pósgraduação, cerca de 8% dos docentes tinham obtido o grau de Mestres, mas, ainda apenas
2% possuíam titulação de Doutor ou Livre-Docentes. Nesse contexto, em 1979, a gazeta de
Alagoas publicou a notícia de 37 trabalhos de pesquisa haviam sido feitos pela UFAL nos
últimos dois anos. A esse volume de produção científica, o reitor, prof. Manoel Ramalho se
referiria como ―os inquietos da Universidade‖, comprovando que a pesquisa ainda seria uma
atividade de caráter excepcional as atividades docentes na UFAL. A liderança em pesquisa na
UFAL estava a cargo do Laboratório de Pesquisa em Recursos Naturais e, na década de 80 ao
grupo de docentes de Física, que trabalhavam as linhas de pesquisa em Magnetismo e
materiais magnéticos, Mecânica estatística, Espectroscopia óptica e Ótica não-linear
(VERÇOSA & CAVALCANTE, 2011).
No fim de 1979, foi empossado o Reitor João Azevedo, que no início da sua gestão
lançou um plano estratégico de três anos, o documento Diretrizes Básicas. Esse documento

11

proponha a fortalecer a pesquisa, através da Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa, que
apostou em acordos nacionais e internacionais para promover ações de pesquisa,
principalmente na área de química. Também se propunha a desenvolver mais estudos sobre o
contexto socioeconômico de Alagoas. A década de 80 foi marcada por avanços e
modernização da estrutura acadêmica e administrativa. As ações na área de cultura
continuaram a se fortalecer com a criação dos cursos de Artes (Música e Interpretação
Teatral), da Pinacoteca Universitária, inicialmente instalada nos porões do Museu Theo
Brandão, da Orquestra de Câmara da UFAL e da Edufal, a Editora da UFAL. Também foi
marcada a atuação e a consolidação do movimento estudantil nas questões nacionais de
redemocratização do país, através da publicação do jornal Boca do Estudante, que circulou
nas décadas de 70 e 80, articulado entre o DCE, os Diretórios Acadêmicos e as
Coordenadorias Acadêmicas. Nesse período as organizações estudantis ainda eram
controladas politicamente e financeiramente pelo Conselho Universitário e pela Reitoria.
O reitorado de Fernando Gama (1983-1987) foi marcado por investimentos do BID,
afiançados pelo MEC para a ampliação do Campus A.C. Simões. Na Cidade Universitária
foram edificados: a Reitoria, a Biblioteca Central, os prédios dos Centros de Tecnologia, de
Educação e de Ciências de Saúde e blocos de salas de aula, duplicando as instalações
precárias existentes, e imprimindo um ar de urbanidade moderna ao Campus, inspirado no
contexto arquitetônico de Brasília. Nessa fase não foram contempladas instalações de
serviços, tais como alimentação, atendimento bancário ou comercial, que pudessem dar mais
conforto a comunidade acadêmica. Na década de 80, a comunidade acadêmica conseguiu,
mesmo contra algumas resistências do poder oligárquico da sociedade alagoana, transformar
a forma de investidura aos cargos de gestão da UFAL, para a eleição direta paritária, sendo
uma das primeiras experiências nesse sentido nas Ifes. Nessa década também aconteceu
uma das maiores greves dos docentes e técnicos por reajustes salariais e melhores condições
de carreira, que durou 84 dias; e, a fundação do primeiro curso de Mestrado em Letras, em
1989. Dois problemas perduraram nesses anos: a mudança do Curso de Agronomia da
Fazenda São Luís em Viçosa, para o CECA em Maceió, encarado como um retrocesso na
ocupação do interior de Alagoas, e o funcionamento da UFAL apenas em período diurno,
excluindo dos trabalhadores a possibilidade de frequentar a universidade.
Reforçando o movimento nacional pela redemocratização do país, a comunidade
acadêmica da UFAL participou com a consolidação da liberdade do movimento estudantil, e
com a mobilização dos docentes e técnicos-administrativos, de caráter mais politizado, através
da Assufal, criada em 1972, que foi transformada em sindicato, Sinteseal (1990) e depois,
Sintufal (1995). As principais participações nos movimentos sociais foram: a luta pelos Direitos
Humanos, a participação no Comitê Estadual pela Anistia dos perseguidos e sentenciados.
12

A partir de 1983, foi possível eleger por voto direto e paritário desde coordenadores de
cursos, diretores de unidades até o reitor, por parte dos três segmentos que compõem a
comunidade acadêmica: docentes, discentes e técnicos-administrativos, com peso de 1/3 por
categoria. Nas primeiras eleições diretas e paritárias foram eleitos para reitor(a): a professora
Delza Leite Góes Gitaí (1987-1991), primeira mulher reitora da universidade; o professor
Fernando Cardoso Gama (1991-1995) e o professor Rogério Moura Pinheiro (1995-1999/ 19992003).
A partir de 1990 começaram a serem implantados cursos noturnos na UFAL, a fim de
aproximar a instituição dos trabalhadores, propiciando-os frequentar a educação superior, e
também houve a reabertura da Residência Universitária Alagoana, fechada em 1970.
O início dos anos 90 foi marcado pela ênfase na indissociabilidade entre ensino,
pesquisa e extensão, aplicados a relação da UFAL com a sociedade. Foi amplamente
incentivada a criação de núcleos temáticos para a discussão de problemas e projetos da
realidade regional e nacional, juntamente com ações de extensão. Em diversos campos de
atuação haviam cursos, seminários, encontros e debates acerca das questões sobre direitos
da mulher, cidadania, direitos dos menores, violência, alfabetização, etc. Foi criado o Núcleo
de Extensão e Desenvolvimento Regional (Neder) em 1983, o Museu de História Natural, a
Usina Ciência. Também foram criados diversos núcleo voltados a saúde. Nesse contexto a
UFAL completaria 30 anos de existência, agora voltando-se ao fortalecimento das diversidades
de ações culturais e de pesquisa.
Fruto de uma preocupação com a natureza pedagógica do ensino de graduação na
UFAL, e da articulação entre ensino pesquisa e extensão, foi implementado o Projeto
Pedagógico Global (PPG), pioneiramente implantado na área de saúde pela Professora Ana
Dayse de Rezende Dórea, que posteriormente se elegeria reitora da UFAL por duas gestões
consecutivas.
Com a mudança da reitoria da Praça Sinimbu para o Campus A. C. Simões, as
atividades e ações culturais se fortaleceram ao ocupar o antigo prédio, com a criação do
Espaço Cultural Universitário.
Até o fim da última década do século XX, a UFAL, e sua comunidade acadêmica
sofriam com o clima de insegurança sobre o futuro da universidade pública, gratuita e de
qualidade no Brasil, que levaram a ocorrência de diversas greves e manifestações, de caráter
nacional e local, inclusive pelo rompimento total de uma antiga cultura oligárquica e autoritária
de controle de poder acadêmico, que ainda se fazia presente na instituição, realizado pelo
apoderamento de alguns grupos nos processos eleitorais colegiados, com pouca ou nenhuma
representação estudantil ou dos servidores nos espaços deliberativos.

13

Em âmbito nacional, a educação superior ingressava numa crise de valores, que
colocavam em cheque a situação da baixa produtividade versus o elevado custo de
manutenção de estruturas de pesquisa e de pós-graduação numa instituição pública e
gratuita. O neoliberalismo se colocava como politica pública em pauta no Brasil,
especialmente na educação. Em oposição a essa crise, se fortalecia a classe docente da
UFAL, com a crescente titulação de seus membros, com o aumento do número de pesquisas
e de alunos envolvidos em bolsas de iniciação à pesquisa e em programas PET. Nessa
década se destacaram as Ciências Biológicas com o Laboratório de Ciências do Mar (Labmar)
e o crescimento da titulação dos docentes do Curso de Matemática, que fazia parte do CCEN
– Centro de Ciências Exatas e Naturais, seguidos dos docentes do Centro de Ciências
Humanas, Letras e Artes (CHLA). Também foram construídos novos blocos para abrigar
espaços de ensino, e dos demais centros. Aos 30 anos de existência, a UFAL oferecia a
sociedade alagoana 25 cursos de graduação em três áreas distintas – Exatas, Saúde, e,
Humanas e Sociais.
No período de 1995 a 2002, a UFAL enfrentou diversos problemas, oriundos do modo
de governo federal encarar a educação superior - desde greves e manifestações constantes a
uma forte evasão dos estudantes para o ensino privado. Muitos docentes se aposentaram
temendo mudanças na previdência, e uma antiga demanda da sociedade por mais cursos
noturnos. Mesmo diante das adversidades de falta de transporte público no período noturno,
seis cursos na área de Humanas e Sociais foram criados a noite, para atender a esta
demanda.
O enfrentamento dos problemas financeiros e administrativos passou por uma
necessidade de reformulação da estrutura interna da instituição. Foi necessário desenvolver
um planejamento que pudesse ajustar as atividades da UFAL ao orçamento disponível, e a
busca por outros recursos junto ao MEC.
Nos anos 2000, algumas mudanças na educação brasileira ampliaram os horizontes
para uma maior igualdade de direitos a educação pública e gratuita, adquiridas depois de
muitos embates sociais, que contaram com a militância politica de professores da UFAL na
busca de cotas sociais para negros e para alunos advindos de escolas públicas. A UFAL
compreendia seu compromisso com a educação em Alagoas, não somente na capital,
Maceió, mas também no interior, quando criou cursos de graduação a distância, inicialmente
Pedagogia, que atingia 300 professores das redes municipais em Alagoas, advindos de 68
municípios. Em 1998 foram criados cinco pólos de EaD (Maceió, São José da Laje, Santana
do Ipanema, Penedo e Viçosa), com cerca de 900 professores cursistas, que impactaram
numa melhora significativa do ensino fundamental de Alagoas.

14

O fortalecimento das ações de pesquisa e de extensão, dos grupos de pesquisa e dos
cursos de pós-graduação foi notadamente crescente desde esse período, havendo somente
registro de crescimento e expansão dos grupos, das publicações e no número de alunos
envolvidos. Ao final da gestão do Prof. Rogério Pinheiro em 2002, a UFAL contava com 10
cursos de mestrado e 3 cursos de doutorado.
Com a mudança das politicas publicas para a educação, advindas do governo Lula, a
educação superior no Brasil tomou um novo folego. Houve uma valorização da qualidade do
ensino público e gratuito, com a reposição do quadro de docentes e técnicos, aumento no
numero de vagas, valorização dos profissionais da educação, e uma politica efetiva de
assistência estudantil.
A gestão da Prof.ª Ana Dayse de Rezende Dórea, iniciada em 2003, foi marcada
principalmente pelo planejamento da interiorização da UFAL, desde 2004, e a criação do
Campus Arapiraca, com sede em Arapiraca e pólos nas cidades de Penedo, Viçosa e Palmeira
dos Índios, em 2006, com a criação de 16 cursos de graduação, e a oferta de 640 vagas por
ano. Para isso, a UFAL aproveitando o momento politico favorável e necessário aderiu ao
Plano de Reestruturação das Universidades – o Reuni.
Alagoas, historicamente conhecida pelos baixos índices de matriculas em ensino
superior, pela carência e precariedade de educação no interior do estado, pela carência de
todo tipo de assistência a camadas mais pobres da população, ansiava pela interiorização do
ensino superior gratuito há décadas. Em 2010, ocorreu a implantação do Campus Sertão, com
sede em Delmiro Gouveia e pólo na cidade de Santana do Ipanema, com a criação de 8
cursos de graduação e oferta de 640 vagas por ano.
Nos últimos oito anos houve um acréscimo significativo do número de matriculas em
cursos de graduação na UFAL. Em 2011 houve mais de 25.000 matriculas nesses cursos, que
passou de 54 em 2003, para 80 cursos em 2011. As ações de extensão também atingiram um
número nunca visto antes, foram registradas cerca de 700 ações, mesmo sem recursos,
totalizando a oferta de 420 bolsas institucionais. A matrícula em cursos de mestrado e
doutorado atingiu em 2011, 3.183 alunos, distribuídos nos 34 cursos presenciais stricto sensu.
Isso implicou num acréscimo de docentes efetivos concursados, que passou de 969 em 2003
a 1.420 em 2011. Em 2011, o quadro docente era composto por 81% com dedicação
exclusiva, 9% professor com tempo integral (40H) e 10% com tempo parcial (20H). Em
titulação, o crescimento também foi bastante substancial: 50% dos docentes são doutores,
40% são mestres e 10% são especialistas, ou graduados.

5.1 Unidades Acadêmicas
15

As Unidades Acadêmicas (UA's), organizadas por área de conhecimento, compete
desenvolver as atividades de ensino, pesquisa e extensão, administrando-as de modo
autônomo sob a supervisão geral da Reitoria e de acordo com as diretrizes emanadas do
Conselho Universitário.
Unidades Acadêmicas:
1. Campus Arapiraca
2. Campus do Sertão
3. Centro de Ciências Agrárias – CECA
4. Centro de Educação – CEDU
5. Centro de Tecnologia – CTEC
6. Escola de Enfermagem e Farmácia – ESENFAR
7. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – FAU
8. Faculdade de Direito – FDA
9. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade – FEAC
10. Faculdade de Letras – FALE
11. Faculdade de Medicina – FAMED
12. Faculdade de Nutrição – FANUT
13. Faculdade de Odontologia – FOUFAL
14. Faculdade de Serviço Social – FSSO
15. Instituto de Ciências Atmosféricas – ICAT
16. Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde – ICBS
17. Instituto de Ciências Sociais – ICS
18. Instituto de Computação – IC
19. Instituto de Física – IF
20. Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente – IGDEMA
21. Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes – ICHCA
22. Instituto de Matemática – IM
23. Instituto de Química e Biotecnologia – IQB

5.2 Estrutura Organizacional da Universidade Federal de Alagoas

16

17

Figura 1 – Estrutura organizacional da UFAL. Fonte: www.ufal.edu.br

Figura 2 - Infraestrutura instalada da UFAL: áreas construídas (edifícios concluídos até
março/2012)
18

CAMPUS/UNIDADE

ÁREA
CONSTR.

LOCALIZAÇÃO

Campus Maceió/Rio largo
. Campus A. C. Simões

150.593,75 m²

Av. Lourival de Melo Mota, s/n, Tabuleiro do Martins. Maceió/AL

. Campus Delza Gitaí

-

Campus Arapiraca

14.575,07 m²

BR 104 Norte, km 85, Rio Largo/AL.

. Sede Arapiraca

7.953,34 m²

Av. Manoel Severino Barbosa, s/n, Bom Sucesso. Arapiraca/AL

. Unidade Palmeira dos Índios

2.663,94 m²

Rua Sonho Verde, s/n, Eucalipto. Palmeira dos Índios/AL

. Unidade Penedo

1.325,85 m²

Av. Beira Rio, s/n, Centro Histórico. Penedo/AL

. Unidade Viçosa

2.631,94 m²

Avenida Firmino Maia, s/n, Fazenda São Luiz. Viçosa/AL

2

Campus do Sertão

9.266,83 m

. Sede Delmiro Gouveia

6.575,62 m2

. Unidade Santana do Ipanema

2.691,21 m

2

Rodovia AL 145, Km 3, nº 3849, Bairro Cidade Universitária
Pça N. S. Assunção, 242, Monumento. Santana do Ipanema/AL

Fonte: www.ufal.edu.br

6. O PROCESSO DE INTERIORIZAÇÃO DA UFAL
Os planos de interiorização das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) têm
sido formulados pelos governos – em diferentes contextos1 –, como estratégias de
desenvolvimento regional, visando à redistribuição da riqueza nacional, e com isso, a redução
das disparidades regionais.
No contexto do governo Lula, as ações no sentido de interiorizar a educação superior
pública tiveram início com o Programa de Expansão Fase I, implementado pelo MEC em 2003.
A partir das propostas apresentadas pelo Governo Federal para a interiorização das
IFES, a Universidade Federal de Alagoas iniciou, em maio de 2004, os estudos para
elaboração do projeto de interiorização. O diagnóstico constatou a existência de uma grande
demanda por ensino superior no interior do estado, tendo em vista o número de alunos
matriculados no ensino médio nos municípios interioranos. Os estudos apontaram também
para a necessidade de formação de professores, visando reverter o problema do
analfabetismo no interior, bem como qualificar os quadros técnicos de modo a atender às
vocações econômicas sub-regionais alagoanas. Os estudos embasaram a formulação do
Projeto de Interiorização da Universidade Federal de Alagoas: uma Expansão Necessária, que
propôs inicialmente três novos Campi: Arapiraca, no Agreste; Delmiro Gouveia, no Sertão e
Porto Calvo, no Litoral Norte.
1

O Programa Campus Avançado, implementado na década de 1970 pelos governos militares, foi o
primeiro programa federal de interiorização das IFES e visava promover a irradiação dos espaços
universitários pelo território brasileiro, justificado como estratégia de reversão das disparidades
regionais e de ―segurança nacional‖. O campus avançado surgiu com o Projeto Rondon e foi
implementado a partir de ações conjuntas entre o Ministério da Educação e Cultura e o Ministério do
Interior.
19

O Projeto de Interiorização foi elaborado pela Comissão de Estudos sobre a
Interiorização da Universidade Federal de Alagoas. Segundo o Projeto, publicado em
dezembro de 2005, a concentração das instalações da UFAL no Campus A. C. Simões, em
Maceió, gerou restrições tanto no desempenho de seu papel enquanto instrumento de
desenvolvimento regional, quanto no acesso ao ensino superior por uma parcela significativa
de estudantes de baixa renda que residem nos municípios interioranos.
Com base nessa constatação, o Projeto de Interiorização da UFAL definiu como
objetivo geral: ―atender a forte demanda do interior do estado - representada por elevado
número de estudantes egressos do ensino médio, pobres e com baixa ou mesmo nula
capacidade de deslocamento ou transferência para Maceió -, ao tempo em que reafirma o
papel da UFAL enquanto importante instrumento de desenvolvimento estadual e regional‖
(UFAL, 2005, p.6).
Os objetivos específicos definidos no Projeto foram:
 Relacionar a sua capacidade de formação profissional e cidadã, da sua produção
científica, tecnológica e artística ao desenvolvimento local (municipal) e regional,
potencializando e socializando recursos de saber, materiais e financeiros e induzindo
novas demandas locais.
 Articular-se com instituições que trabalham no interior e com suas problemáticas –
setor produtivo, poder público, organizações não governamentais, demais instituições
de ensino superior públicas -, explorando as suas complementaridades através da
valorização dos saberes (ainda fragmentados) científico, técnico, cultural e popular.
 Considerar e atuar sobre as particularidades, valores e problemáticas locais, ao
compreender que no espaço local, micro, se expressa toda uma cultura macro e sua
complexidade.
 Possibilitar o estabelecimento de relações da comunidade acadêmica com a sociedade
em geral, através de ações de extensão, de estágios e temas curriculares, assim como
da prestação de serviços específicos que contribuam, sem substituir o papel do poder
público, com a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais.
 Ampliar o acesso à educação superior de setores tradicionalmente marginalizados da
população, especialmente rurais, formando quadros apropriados às demandas locais e
contribuindo para a sua fixação no interior (UFAL, 2005, p.6).

20

6.1. As Variáveis Indissociáveis
O Projeto considerou como variáveis indissociáveis: a) as sub-regiões naturais
estaduais com suas vocações econômicas, características naturais e problemáticas sociais; e
b) as demandas potenciais regionalizadas por educação superior.

a) As sub-regiões e suas vocações econômicas
As sub-regiões do estado foram estudadas a partir de suas vocações considerando as
atividades econômicas predominantes em cada sub-região: cana-de-açúcar e pesca artesanal
na Mata/Litoral (Floresta); fumo, policultura alimentar e matérias primas no Agreste
(Transição); e pecuária extensiva no Sertão (Caatinga).
No contexto de sua elaboração, o Projeto de Interiorização estabeleceu um diálogo
com o Programa de Mobilização para o Desenvolvimento dos Arranjos e Territórios Produtivos
Locais do Estado de Alagoas – PAPL/AL, desenvolvido pelo Governo do Estado em parceria
com o SEBRAE/AL.
A primeira versão do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL) foi lançado em
2004, com o objetivo de apoiar aglomerados de micro e pequenas empresas e produtores
autônomos concentrados em municípios ou microrregiões do estado, buscando proporcionar
oportunidades de crescimento econômico2 (Seplande, 2012).
O Programa definiu em 2004/2005 os seguintes Arranjos Produtivos Locais (APLs):
Figura 4 – Quadro dos arranjos produtivos locais no período de 2004/2005

Fonte: PAPL, 2004; UFAL, 2005.
2

Disponível em www.seplande.al.gov.br. Acesso em 10.05.2012
21

De acordo com o Programa, os setores de atividades relacionados aos serviços e ao
agronegócio foram indicados para a Zona Mata e Litoral; para o Agreste e para o Sertão,
foram estimulados os setores relacionados ao agronegócio e à indústria. Segundo o Projeto,
portanto, a estratégia de desenvolvimento do interior deveria ser alicerçada no estímulo ao
setor de agronegócio, confirmando sua vocação agrária.
Diante dessa estratégia, a interiorização da Universidade estimularia os APLs através
da formação de quadros profissionais aptos a produzir e aplicar os conhecimentos
necessários ao desenvolvimento das vocações econômicas, demandas do setor público e
demandas do setor privado: ―A expressão natural sub-regional e as suas vocações
econômicas tradicionais e modernas traduzem-se em demandas concretas por cursos
universitários [...] para viabilizar as potencialidades dos recursos locais através da produção,
da reprodução social e dos serviços públicos e privados que lhe dão suporte‖ (UFAL, 2005).
Figura 5 - Quadro dos APLs selecionados pelo PAPL/AL, com bases territoriais nas microrregiões
dos municípios-sede das Unidades da UFAL Campus Arapiraca.
APL
Fruticultura

Horticultura

TERRITORIO

OBJETIVO E FOCO

PRINCIPAIS AÇÕES

Abrange três
municípios
localizados na
meso-região
geográfica do
Agreste Alagoano:
Estrela de Alagoas,
Igaci e Palmeira dos
Índios, sendo a
principal fonte de
renda de cerca de
1200 produtores,
em sua maioria da
agricultura familiar,
ocupando uma área
estimada em 2.000
hectares.

OBJETIVO: Consolidar o
cultivo da pinha na região do
Agreste Alagoano, através da
agregação de valores,
criação e conquista de novos
mercados para o produto
pinha de forma a
proporcionar o
desenvolvimento sustentável
dos agricultores familiares.
FOCO: Melhorar a atividade
do produto, agregando valor;
elevar a comercialização dos
frutos; elevar o
empreendedorismo local e
territorial; fortalecer as
organizações locais de forma
integrada
OBJETIVO: Apoiar e
fortalecer o desenvolvimento
sustentável da horticultura,
usando racionalmente os
recursos produtivos, visando
ampliar a comercialização,
agregação de valor aos
produtos e o aumento no
número de ocupação e
renda dos pequenos
produtores da região do
agreste.
FOCO: Organizar os
horticultores da região para
otimizar os processos de
produção e comercialização;
Incentivar a produção
agroecológica na região;
Elevar a produção e
produtividade respeitando o
meio ambiente; Incrementar
a utilização de práticas
modernas de cultivo;
Implantar ações para



Municípios da
Região do Agreste:
Arapiraca, Feira
Grande, Junqueiro,
Lagoa da Canoa,
Limoeiro de Anadia,
São Sebastião e
Taquarana.



















Implantar programa de
capacitação em
associativismo;
capacitar em gestão da
propriedade rural;
realizar ações de difusão
tecnológica;
implantar e manter sistema
de assistência técnica aos
produtores;
promover a abertura de
novos mercados;
realizar o Festival da Pinha
da Região;
promover visitas técnicas e
a participação dos
produtores e técnicos em
eventos do setor.
Realizar programa de
capacitação em
associativismo e
cooperativismo;
Capacitar em Gestão da
Propriedade Rural;
Promover dias de campo;
Implantar e manter
programa de assistência
técnica aos produtores;
Implantar sistemas de
adequação à produção
orgância;
Promover a abertura de
novos mercados.

RESULTADOS
ESPERADOS
 Aumentar o
número de
produtores
envolvidos na
atividade;
 Aumentar a renda
mensal dos
produtores de
pinha;
 Aumentar a
produtividade de
pinha por planta.






Aumentar a renda
dos agricultores;
Diversificar a
produção de
hortaliças;
Gerar novos
postos de
trabalho.

22

APL

Inhame

TERRITORIO

Atalaia, Chã Preta,
Cajueiro, Capela,
Mar Vermelho,
Paulo Jacinto, Pilar,
Quebrangulo e
Viçosa.

OBJETIVO E FOCO
minimizar impactos
ambientais;
OBJETIVO: Organizar os
produtores e a produção de
inhame no Vale do Paraíba
em Alagoas visando a sua
melhoria socioeconômica de
forma sustentável.
FOCO: Estimular e fortalecer
as organizações
associativas; Aperfeiçoar o
processo produtivo, visando
à melhoria da qualidade e da
produtividade; Fortalecer
parcerias; Desenvolver o
mercado atual e acessar
novos mercados

PRINCIPAIS AÇÕES
















Mandioca

Móveis

14 municípios do
Agreste Alagoano:
Arapiraca, Campo
Grande, Craíbas,
Coité do Nóia, Feira
Grande, Girau do
Ponciano, Igaci,
Junqueiro, Lagoa
da Canoa, Limoeiro
de Anadia, São
Sebastião, Olho
D’Água Grande,
Taquarana e
Palmeira dos Índios.

Arapiraca e
Palmeira dos Índios.

OBJETIVO: Implantar o
principal pólo nordestino de
industrialização da
mandioca, visando promover
o desenvolvimento local,
através do fortalecimento da
organização, da melhoria do
nível de conhecimento
tecnológico, do
beneficiamento e
diversificação da produção,
gerando ocupação e renda,
crescimento econômico e
financeiro com
sustentabilidade.
FOCO: A dinamização do
APL Mandioca no Agreste
tem por base a articulação
de parceiros e a realização
de rodadas de negociação
para execução das ações
definidas no Plano de Ação
do APL, que é elaborado e
validado pelos produtores a
cada ano. Sua
contratualização, através das
rodadas de negociação,
garante a execução das
ações e o alcance dos
resultados esperados. As
ações são organizadas por
serviços de Marketing,
Tecnologia, Capacitação,
Gestão e Infraestrutura
Especializada, de forma a
facilitar as negociações e
implementação das mesmas.
OBJETIVO Estruturar o setor
moveleiro de Arapiraca e
Palmeira dos Índios de forma


















RESULTADOS
ESPERADOS

Implantar um programa de
capacitação na gestão dos
negócios;
Realizar palestras,
seminários e congressos;
Promover festivais do
inhame, valorizando a
cultura e a tradição
produtiva local;
Adequar a produção
agrícola para fins de
certificação da qualidade
dos processos produtivos;
Elaborar projetos de
infraestrutura produtiva,
com a aquisição de
máquinas e implementos
agrícolas e implantação de
unidades de produção de
sementes;
Desenvolver pesquisas
científicas, visando a
identificação e controle
das principais moléstias
da cultura do inhame;
Promover a assistência
técnica continuada nas
comunidades produtoras;
Acessar novos mercados
por meio de
comercialização conjunta.
Avaliação de variedades
de mandioca para mesa e
para uso industrial, em
relação ao ciclo de
produção, produtividade,
teor de amido e época de
colheita, sob condições de
irrigação e sequeiro;
Tratamento e utilização de
resíduos;
Revitalização das casas de
farinha com melhoria das
instalações e do processo
produtivo;
Implantação de miniindústrias de produção de
sequilhos à base de fécula
de mandioca;
Implantação de uma
fecularia;
Implantação do Instituto
Agroalimentar;
Implantação de uma
unidade de classificação,
padronização e
empacotamento de
farinha;
Capacitações e missões
técnicas para produtores e
técnicos;
Formação de estoque
regulador de farinha
através do Programa de
Aquisição de farinha.



Capacitação dos
empresários em gestão
empresarial;





















Aumentar a
produtividade da
cultura do inhame
na região;
Elevar o número
de produtores que
adotam técnicas
produtivas em
conformidade
com a orientação
da SEAGRI;
Certificar
produtores de
inhame que
participam do
Projeto de
Certificação de
Produtos e
Processos;
Aumentar a renda
dos produtores de
inhame.

Aumentar o
volume de
mandioca
processada no
APL;
Aumentar a
quantidade de
fornecedores
produtores de
mandioca, que
destinam sua
produção para as
unidades de
processamento
inseridas no APL;
Aumentar o
faturamento das
unidades de
processamento
inseridas no APL;
Adequar unidades
de beneficiamento
de mandioca,
atendendo aos
padrões técnicos
de produção de
alimentos;
Aumentar o
padrão de
qualidade da
farinha produzida
nas casas de
farinha do APL
Mandioca no
Agreste.
Ampliar as
vendas;
Elevar o nível de

23

APL

TERRITORIO

OBJETIVO E FOCO

PRINCIPAIS AÇÕES

atuante e organizada,
buscando novas
oportunidades de negócios
em novos mercados,
incrementando a
rentabilidade do setor,
melhorando a gestão
empresarial, aumentando o
nível de associativismo e
melhorando a qualidade de
processos e produtos para a
satisfação do cliente final.
FOCO: Articulação e a
realização de rodadas de
negociação para a execução
de ações definidas em um
plano, discutido e elaborado
a cada ano pelos
empresários e parceiros. A
sua contratualização garante
a execução das ações e o
alcance dos resultados
esperados. As ações são
organizadas e direcionadas
para marketing, tecnologia,
capacitação, gestão e
infraestrutura produtiva, de
forma a facilitar as
negociações e sua
implementação.
























Piscicultura

Turismo

15 municípios do
Baixo São
Francisco
Alagoano, nas
regiões da Zona da
Mata, Agreste e Alto
Sertão de Alagoas:
Delmiro Gouveia,
Olho D’Água do
Casado, Pão de
Açúcar, Piranhas,
Traipu, Belo Monte,
São Brás, Porto
Real do Colégio,
Igreja Nova, São
Sebastião, Penedo,
Piaçabuçu, Feliz
Deserto, Coruripe e
Jequiá da Praia. O
território faz divisa
com os estados de
Sergipe, Bahia e
Pernambuco que,
juntos, detém o
maior potencial
piscícola do país

Municípios
ribeirinhos da calha
do rio São
Francisco:
Piaçabuçu, Penedo,

OBJETIVO: O objetivo do
APL é consolidar a
piscicultura no Delta do São
Francisco, através do
aumento sustentável da
produção, da agregação de
valor, e da criação e
conquista de novos
mercados para os produtos
do APL
FOCO: As estratégias de
atuação do APL Piscicultura
Delta do São Francisco têm
por base a articulação e
realização de rodadas de
negociação para a executar
as ações definidas em um
Plano de Ação, discutido e
elaborado a cada ano, pelos
piscicultores, parceiros e por
um consultor especialista. A
sua contextualização garante
a execução das ações e o
alcance dos resultados
esperados. As ações são
organizadas por serviços de
Marketing, Tecnologia,
Capacitação, Gestão e
Infraestrutura Especializada e
Pública de forma a facilitar as
negociações e a
implementação das ações.
OBJETIVO: Desenvolver a
atividade turística de forma
responsável com foco no
mercado regional.
FOCO: Valer-se da atividade
















Consultorias técnicas (de
chão de fábrica);
Formação de mão-de-obra
especializada;
Implantação dos
programas de qualidade,
segurança no trabalho e
meio ambiente;
Design, valorizando a
identidade cultural da
Região Agreste;
Participação em missões
técnicas e eventos de
importância do setor;
Criação de uma
associação;
Implantação de um
Condomínio de
moveleiros;
Estudos para a
implantação de um pólo
moveleiro em Arapiraca;
Estudos para a
implantação de uma
escola de marcenaria;
Realização de seminários
e workshops do
setor;·
Realização da DECOR
AGRESTE – Mostra de
Móveis;
Editoração de artigos
técnicos – caderno de
referência do mobiliário;
Abertura de novos
mercados
Capacitação dos
produtores em
associativismo, cuidados
ambientais, técnicas de
produção e gestão;
Fortalecimento das
organizações produtivas;
Editoração de informativos
técnicos;
Elaboração de pesquisas
de mercado, diagnóstico
da cadeia produtiva, e dos
planos de negócios das
unidades de
beneficiamento de
pescado;
Construção de
infraestrutura
especializada;
Assistência técnica aos
piscicultores;
Ações para a abertura de
novos mercados

Realizar Capacitação
Empresarial
Promover Inovações
Tecnológicas
Promover Intercâmbio

RESULTADOS
ESPERADOS
renda;
 Elevar o número
de pessoas
ocupadas no APL







Aumentar a
produção de
pescado cultivado
anualmente
Aumentar a
produção de
tilápias
anualmente
Aumentar o
número de
piscicultores do
APL anualmente

 Aumentar o
faturamento dos
estabelecimentos
turísticos
envolvidos em

24

APL

TERRITORIO

OBJETIVO E FOCO

Igreja Nova, Porto
Real do Colégio,
São Brás, Traipu,
Belo Monte, Pão de
Açúcar, Piranhas,
Olho d’ água do
casado, Delmiro
Gouveia; e o
município de Água
Branca, que não
está na calha.

econômica do turismo que é
capaz de interagir com as
demais formas da economia
e com as questões
ambientais e sociais,
contribuindo para elevar a
auto-estima, gerar renda e
emprego, fixando o homem
na região.

PRINCIPAIS AÇÕES






































comercial e tecnológico
Realizar promoção e
divulgação
Desenvolver novos
produtos e roteiros
turísticos
Promover a Gastronomia
Alagoana na região do Rio
São Francisco
Implantar Programa de
Alimento Seguro
Orientar empreendedores
sobre linhas de crédito
para investimentos.
Incentivar a criação de
unidades de conservação
e corredores ecológicos
Promover e fortalecer os
Conselhos de Meio
ambiente do território.
Planejar regionalmente a
gestão integrada de
resíduos sólidos
Estimular ações de
assistência técnica rural ATER
Apoio ao Artesanato na
região do Rio São
Francisco
Apoio a Cultura na região
do Rio São Francisco
Elaborar estudo de
competitividade turística
para o município de
Piranhas
Divulgar Eventos e
Produtos
Realizar Ações de Acesso
a Mercado (Feiras,
festivais culturais, missões
técnicas, benchmarking)
Aprimoramento do
Ambiente Legal com
Estímulo à Formalização.
Atendimento e Orientação
Empresarial
Promover ações de
Ecoturismo e Turismo de
Aventura
Elaboração de material
promocional para a região
do São Francisco
Incentivar a produção e o
uso de matérias primas e
energias renováveis.
Consultoria Técnica e
cientifica visando a
inserção a produção de
conhecimento.
Tombamento estadual da
Canoa de Tolda: Piranhas

RESULTADOS
ESPERADOS
20% ao ano, até
2012
 Aumentar a taxa
média de
ocupação, em
50%, até 2012
 Aumentar a
permanência
média, nos
empreendimentos
envolvidos, para
três dias até 2012
 Ampliar o fluxo de
turistas, em 10%
ao ano, até 2012
 Ampliar o número
de leitos, em 10%
ao ano, até 2012
 Formatar, pelo
menos 1 produto
turístico em cada
município, até
2012, para
compor um roteiro
 Formalizar 10
empresas ao ano,
até 2012

Fonte: Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (SEPLANDE).
Disponível em: http://www.seplande.al.gov.br. Acesso em: 02.05.2012

A última versão do PAPL, lançada em 2012, conta com valor total de 12 milhões de
reais e apresenta um diferencial dos anos anteriores: sua duração passa a ser de 4 anos. O
Programa segue com o objetivo de oferecer técnicas de gerenciamento, recursos e
capacitação para os produtores. Nessa nova formulação, o PAPL conta com 18 Arranjos,
25

sendo que 12 deles já se encontram em funcionamento. Outros seis novos arranjos ainda
estão em fase de conclusão e análises, são eles: APL Rizicultura no Baixo São Francisco, APL
de Móveis na região Metropolitana, APL Apicultura Litoral e Lagoas, e APL de Saúde, APL
Cerâmica e APL Mineração, ainda sem locais definidos de atuação.
Em abril de 2012, foi divulgado o edital de seleção de gestores para os Arranjos
Produtivos Locais (APL). A chamada pública visa à contratação de profissionais qualificados
para promover a articulação territorial nas regiões dos APLs.
Figura 6 - Quadro com os APLs selecionados para o PAPL versão 2012.
ARRANJO
REGIÃO
Turismo Costa dos Corais
Litoral Norte
Turismo Lagoas e Mares do Sul
Litoral Sul
Turismo Caminhos do São Francisco
Rio São Francisco
Tecnologia da Informação
Capital
Móveis no Agreste
Agreste
Mandioca no Agreste
Agreste
Apicultura no Litoral e Lagoas
Litoral e Lagoas
Horticultura no Agreste
Agreste
Piscicultura no Delta do São Francisco
Rio São Francisco
Apicultura no Sertão
Sertão
Ovino caprinocultura no Sertão
Sertão
Fruticultura no Vale do Mundaú
Zona da Mata
Rizicultura no Baixo São Francisco*
Baixo São Francisco
Móveis no entorno de Maceió*
Maceió
Saúde em Maceió*
Maceió
Cerâmica Vermelha*
A Definir
Mineração*
A Definir
Fruticultura no Agreste*
Agreste
Fonte: Chamada Pública Nº 01/12. (Desenvolve, 2012)
(*) APLs em fase de conclusão e análise.

SETOR
Serviço
Serviço
Serviço
Serviço
Indústria
Agronegócio
Agronegócio
Agronegócio
Agronegócio
Agronegócio
Agronegócio
Agronegócio
Agronegócio
Indústria
Serviço
Indústria
Indústria
Agronegócio

Como resposta à estratégia de desenvolvimento regional com foco no apoio aos
Arranjos Produtivos Locais, a UFAL Campus Arapiraca desenvolveu, desde a sua implantação,
uma série de projetos de extensão relacionados com as atividades fins dos APLs.
Na Unidade Penedo, o Curso de Engenharia de Pesca, desenvolveu 17 ações de
extensão relacionadas com a atividade pesqueira no contexto regional em que está situado,
promovendo o desenvolvimento das atividades, criando condições para a geração de
emprego e renda. Tais ações contemplam projetos, eventos e cursos de extensão ligados à
capacitação sócio-ambiental das comunidades locais e realização de diagnósticos e
monitoramentos das cadeias produtivas do pescado, promovendo o fortalecimento dos
arranjos produtivos locais ligados à Piscicultura na região. O Curso de Turismo desenvolveu
nos últimos cinco anos, 16 atividades de extensão entre projetos, eventos e cursos de
extensão que estimulam a atividade turística na região, promovendo impactos também nos
arranjos produtivos locais ligados a essa atividade. As ações contemplam a promoção do
turismo de base comunitária, produção e disseminação de conhecimentos sobre o patrimônio
26

cultural local, com a realização de festivais gastronômicos e culturais e apoio às micro e
pequenas empresas locais.
Na Sede em Arapiraca, as ações de extensão ligadas às atividades fins dos APLs estão
relacionadas com a produção de móveis (4 ações) – desenvolvidas pelos cursos de
Arquitetura e Administração – e com o cultivo de hortaliças (10 ações), desenvolvidas pelo
curso de Agronomia. As atividades ligadas à fruticultura, ao cultivo da macaxeira e do inhame
não constam no banco de ações de extensão da UFAL, base de informações em que foi
realizado o levantamento. Na Sede as ações de extensão nas áreas ―Educação‖ e ―Saúde‖
respondem por aproximadamente 45% do total, marcando assim o viés predominante nas
ações de extensão na Unidade. Várias ações de extensão dos cursos de Agronomia e
Zootecnia dão suporte para o aprimoramento da qualidade e da cadeia de produção de leite
na bacia leiteira do Estado de Alagoas.
Na Unidade Palmeira dos Índios, as ações de extensão estão, em sua maioria,
vinculadas às áreas ―Direitos Humanos e Justiça‖, ―Saúde‖, ―Educação‖ e ―Cultura‖, uma vez
que a Unidade abriga cursos ligados às Ciências Humanas. Os cursos não têm uma ligação
direta com as demandas dos APLs. As ações por eles desenvolvidas almejam a formação de
quadros para prover a melhoria da capacidade institucional da administração pública no
interior bem como formar profissionais de psicologia para suprir a demanda por formação
nessa área.
A Unidade Viçosa desenvolve ações que dão suporte às atividades econômicas ligadas
à pecuária, que atualmente se constituem como a principal atividade econômica na
microrregião onde está situado o município.

b) Demanda regionalizada por educação superior no interior do estado
A demanda por educação superior no interior do estado foi diagnosticada a partir de
informações referentes ao número de matriculados no ensino médio, nos municípios
interioranos. O levantamento de dados foi realizado junto às Coordenadorias Regionais de
Ensino da Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (CREs) e ao Censo Escolar realizado
pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (INEP).
Segundo o levantamento, em 2003, a demanda regionalizada e potencial por educação
superior em Alagoas apontou que as matrículas no ensino médio na 1ª CRE, sediada em
Maceió, correspondiam a 68.753 (31,5%) enquanto a soma das matrículas nas outras 11 CREs
totalizava 149.872 (68,5%), representando 2,17 vezes a demanda de Maceió, onde ainda se
concentrava a UFAL.
27

O levantamento apontou também que desconsiderando a 1º CRE (Maceió), a 5º CRE,
com sede em Arapiraca e contanto com 27.883 alunos, apresentou o segundo maior número
de matrículas no ensino médio; seguida pela 2º CRE – sede em São Miguel dos Campos, com
19.514 alunos; e pela 3a. CRE – sede Palmeira dos Índios, com 18.017 alunos. As demais
CREs apresentaram pouco mais de 10.000 alunos cada uma.
Figura 7 – Quadro de alunos matriculados no ensino médio (2º grau regular e Curso Normal +
EJA, Supletivo Total) por CRES - sedes e municípios abrangentes.
1ª COORD.

Matrículas
68.753
Maceió, Marechal Deodoro, Barra
de Santo Antônio, Paripueira

2ª COORD.

Matrículas
19.514
S. Miguel dos Campos, Anadia, B.
de S. Miguel, Boca da Mata, Campo
Alegre, Coruripe, Jequiá da Praia,
Junqueiro, Roteiro, Teotônio Vilela

3ª COORD.

4ª COORD.

Matrículas
9.520
Viçosa, Atalaia, Cajueiro, Capela,
Chã Preta, Mar Vermelho, Paulo
Jacinto, Pindoba

5ª COORD.

Matrículas
27.883
Arapiraca, Coité do Nóia, Craíbas,
Feira Grande, Girau do Ponciano,
Lagoa da Canoa, Limoeiro de
Anadia, São Sebastião, Taquarana,
Traipu

6ª COORD.

7ª COORD.

Matrículas
10.804
União dos Palmares, Branquinha,
Colônia de Leopoldina, Ibateguara,
Murici, Santana do Mundaú, São
José da Lage

8ª COORD.

Matrículas
8.057
Pão de Açúcar, Batalha, Belo
Monte, Jacaré dos Homens,
Jaramataia, Monteirópolis,
Palestina, S José da Tapera

9ª COORD.

10ª COORD.

11ª COORD

12ª COORD

Matrículas
10.856
Porto Calvo, Campestre, Jacuípe,
Japaratinga, Jundiá, Maragogi,
Matriz de Camaragibe, P. de
Camaragibe, P. de Pedras, S. L. de
Quitunde, S. M. dos Milagres

Matrículas
10.435
Piranhas, Água Branca, Canapi,
Delmiro Gouveia, Inhapi, Mata
Grande, Olho D'agua do Casado,
Pariconha

Matrículas
18.017
Palmeira dos Indios, Belém,
Cacimbinhas, Estrela de Alagoas,
Igaci, Major Isidoro, Maribondo,
Minador do Negrão, Quebrangulo,
Tanque D'arca
Matrículas
10.361
Santana do Ipanema, Carneiros,
Dois Riachos, Maravilha, Olho
D'Agua das Flores, Olivença, Ouro
Branco, Poço das Trincheiras,
Senador Rui Palmeira
Matrículas
11.920
Penedo, Campo Grande, Feliz
Deserto, Igreja Nova, Olho D'agua
Grande, P Real do Colégio,
Piaçabuçu, São Brás

Matrículas
12.505
Rio Largo, Coqueiro Seco, Flexeiras,
Joaquim Gomes, Messias, Novo
Lino, Pilar, Santa Luzia do Norte,
Satuba

Fonte: Estado de Alagoas - Secretaria de Estado da Educação, 2004; Inep - Censo Escolar, 2003 apud
UFAL, 2005

A atualização das informações referentes à demanda por ensino superior no interior do
estado, realizada a partir do levantamento do número de matriculados no ensino médio,
mostra oscilações no decorrer dos últimos oito anos.
As três maiores taxas de crescimento relativo referentes ao número de alunos
secundaristas foram registradas nas três mesorregiões do estado: Agreste (5ª CRE), Sertão
(11ª CRE) e Litoral (10ª CRE). A 11ª CRE, com sede em Piranhas, apresentou nesse intervalo
de oito anos um crescimento de 68,3%, com salto de crescimento de 7.128 matrículas no
ensino médio, resultado seis vezes maior que a média registrada no estado (11,4%). A
28

segunda Coordenadoria que registrou maior crescimento foi a de Porto Calvo, com
crescimento relativo de 38,2% e absoluto de 4.098 matrículas.
Figura 8 - Total de alunos matriculados no ensino médio em Alagoas por CRE
CRE
*

1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12

Município sede

20031

20052

20073

20093

20113

Maceió
São Miguel dos Campos
Palmeira dos Índios
Viçosa
Arapiraca
Santana do Ipanema
União dos Palmares
Pão de Açúcar
Penedo
Porto Calvo
Piranhas
Rio Largo
ALAGOAS

68.928
19.514
16.990
10.791
27.885
12.454
10.804
9.057
11.914
10.715
10.435
12.618
222.105

70.447
22.139
18.394
11.523
31.189
12.682
12.805
10.238
11.773
12.325
10.465
14.372
238.352

65.995
20.072
17.734
11.993
33.698
13.043
12.561
10.108
10.547
13.094
11.063
13.458
233.366

65.845
21.671
17.113
12.747
39.535
13.566
14.646
9.968
10.932
14.211
14.597
13.705
248.536

61.542
22.725
17.951
11.801
37.498
14.176
12.072
10.556
11.794
14.813
17.563
14.988
247.479

Var.2003-11
(absoluto)

Var.2003-11
(relativo)

-7.386
3.211
961
1.010
9.613
1.722
1.268
1.499
-120
4.098
7.128
2.370
25.374

-10.7%
16.5%
5.7%
9.4%
34.5%
13.8%
11.7%
16.6%
-1.0%
38.2%
68.3%
18.8%
11.4%

(*) Obedecem à regionalização apresentada no quadro anterior.
(1) Ensino médio + EJA (Supletivo Total)
(2) Ensino médio regular + EJA presencial total + Educ. prof. nível técnico
(3) Ensino médio regular + EJA presencial total + Educ. prof. nível técnico + EJA integr educ. prof.
Fonte: Censo escolar (INEP, 2003, 2005, 2007, 2009 e 2011).

As CREs cujos municípios sede abrigam unidades da UFAL Campus Arapiraca – com
exceção de Arapiraca – registraram variações pequenas no número de matrículas no ensino
médio, para mais ou para menos. A 4ª CRE, com sede em Viçosa, apresentou crescimento de
9,4% e a CRE com sede em Palmeira dos Índios, 5,7% - ambas com índices menores que a
média do estado. A CRE com sede em Penedo apresentou uma pequena variação,
decrescendo em 1% em relação a 2003. A 5ª CRE, com sede em Arapiraca, ao contrário,
registrou crescimento significativo. De 2003 a 2011, a CRE cresceu 34,5%, representando um
incremento de 9.613 alunos secundaristas.
Como o crescimento de matriculados no ensino médio é maior fora das CREs com
municípios sede das Unidades da UFAL, espera-se que um contingente maior de alunos
provenientes de outros municípios estará ingressando nas Unidades da UFAL nos próximos
anos. Essa constatação é relevante, pois indica a necessidade de maior investimento na área
de assistência estudantil, com vistas a viabilizar a permanência no ensino universitário desse
contingente de alunos provenientes de outras regiões do estado.
A 1ª CRE, com sede em Maceió, vem apresentando decrescimento na participação em
relação ao total de alunos matriculados no ensino médio no estado. Os dados de 2003,
tomados como base pelo Projeto de interiorização da UFAL, indicava que a 1ª CRE
representava 31,0% dos alunos secundaristas do estado. Essa percentagem apresentou
decrescimento contínuo nos últimos quatro biênios, reduzindo-se em 2011, a 24,8% dos
29

matriculados no ensino médio. Essa constatação sinaliza um aumento na pressão de
demanda por ensino superior no interior do estado.
Figura 9 - Participação das CREs no total de matriculados no ensino médio em Alagoas
CRE
1
3
4
5
9

Município Sede
Maceió
Palmeira dos Índios
Viçosa
Arapiraca
Penedo

2003
31.0%
7.6%
4.9%
12.6%
5.4%

2005
29.6%
7.7%
4.8%
13.1%
4.9%

2007
28.3%
7.6%
5.1%
14.4%
4.5%

2009
26.5%
6.9%
5.1%
15.9%
4.4%

2011
24.9%
7.3%
4.8%
15.2%
4.8%

Var.2003-11
-19.9%
-5.2%
-1.9%
20.7%
-11.2%

Fonte: Censo escolar (INEP, 2003, 2005, 2007, 2009 e 2011).

Além da pressão de demanda exercida pelo número de alunos matriculados no ensino
médio, a interiorização a UFAL objetivou também a formação em nível superior dos quadros
aptos atender as demandas da educação básica (professores graduados), das administrações
públicas municipais (gestores capacitados) e das empresas (profissionais qualificados). Essas
três demandas foram definidas pelo Projeto de Interiorização nos seguintes termos:
 Demandas por formação universitária de professores da rede pública estadual e
municipal: segundo o levantamento realizado, cerca de 20.000 professores estavam
mal ou inadequadamente formados. A demanda imediata correspondia a 2.137
licenciaturas plenas em Biologia, Física, Química, Matemática e outras, para
professores que atuam no ensino médio de sua rede (SEE/AL, entrevista, 2004)
 As demandas do poder executivo: Prefeituras, Secretarias Municipais, demais órgãos
federais, estaduais e municipais de atuação local, com vistas a aperfeiçoar o
desempenho das instituições públicas e assegurar o caráter participativo do processo
de interiorização com o conhecimento e expressão das particularidades locais. O
atendimento dessas demandas criaria condições para o estabelecimento de diálogos
interinstitucionais entre a Universidade e o poder público local, com a firmação apoios
e parcerias, em termos de infraestrutura física, equipamentos, manutenção e pessoal
de apoio.
 As demandas da iniciativa privada e da sociedade em geral: Trata-se de demandas por
profissionais qualificados, expressas pelo empresariado do comércio, dos serviços e
das indústrias, assim como da sociedade em geral, esta última enquanto produtora e
consumidora de produtos e serviços.
Para mensurar os impactos da interiorização no atendimento dessas três demandas
seria necessário um levantamento do destino profissional dos alunos egressos dos cursos
oferecidos pelo Campus Arapiraca. Esse trabalho indicaria os postos de trabalho nos quais os
alunos egressos estariam sendo absorvidos. Mas, por enquanto, esse levantamento ainda não
foi realizado.
30

6.2. O Campus e os Pólos
A Interiorização da Universidade Federal de Alagoas adotou como estratégia a
implantação de um Campus Sede, em Arapiraca, com três Pólos, localizados nos municípios
Viçosa, Palmeira dos Índios e Penedo.
O Projeto de Interiorização adotou como critérios de definição estrutural a
hierarquização funcional objetivando a ―aproximação com o plano local, marginal e distante do
campus-sede, central‖ (UFAL, 2005). Essa hierarquização funcional parte de dois níveis
fundamentais: os campi e os pólos, definidos no Projeto da seguinte forma:
Os Campi: são unidades relativamente autônomas (posto que submetidas ao
Campus Central), que possuem: infraestrutura física e de equipamentos
complexa [sic] (salas de aula, de docentes, de discentes, laboratórios,
biblioteca central, centro de integração, lazer e convivência, etc.); oferta
acadêmica regular de vários cursos de graduação (e posteriormente de pósgraduação, de pesquisa e de extensão); gestão administrativa e acadêmica.
Centralizam os espaços sub-regionais estaduais para efeito acadêmico.
Os Pólos: são unidades dependentes dos campi: infraestrutura básica e
específica dos cursos aí ofertados; oferta de um ou mais cursos fortemente
relacionados às demandas locais; apoio administrativo e acadêmico.
Polarizam as zonas das sub-regiões referidas. (UFAL, 2005)

Com base nessa hierarquia funcional, o Projeto de Interiorização definiu o Campus
Arapiraca nos seguintes termos:
situado no Agreste alagoano, este campus terá sua sede na cidade de mesmo
nome, de onde exercerá sua influência imediata sobre toda a porção central
do Estado de Alagoas, assim como sobre o Baixo São Francisco e seu delta,
no Litoral Sul do Estado. São 37 municípios diretamente envolvidos, contando
com uma população de mais de 880.131 habitantes, correspondente a cerca
de 31,18% da população do Estado (2.822.621 habitantes em 2000). (UFAL,
2005,

Se a estratégia centrada na idéia de pólo de desenvolvimento foi, em um primeiro
momento, entendida como uma ação descentralizadora, já que visava interiorizar a gestão
administrativa e acadêmica na Sede do Campus, os resultados lograram resultados pífios. Isso
porque essa descentralização foi lenta e com efeitos práticos irrisórios. O resultado disso é
que o Campus Arapiraca não possui até o presente momento um estatuto próprio. Sua
dotação orçamentária é subordinada às decisões do Campus Central. Além disso, o Campus
A. C. Simões concentra o aparato burocrático da Universidade em suas instalações,
reproduzindo um modelo de interiorização similar ao implementado em décadas anteriores: a
Universidade sediada na capital como centro polarizador dos demais Campi e Unidades,
sediados no interior.
31

Figura 10 - Mapa do estado com as localizações do Campus Arapiraca e dos Pólos Palmeira dos Índios,
Viçosa e Penedo (UFAL, 2005).

O pólo de desenvolvimento atua como o indutor de um desenvolvimento calcado na
relação centro-periferia, promovendo a concentração cada vez maior do desenvolvimento no
município sede do Campus, ao passo que nos municípios que abrigam os pólos, o
desenvolvimento é subordinado. A expressão ―Campus Arapiraca e seus Pólos‖, utilizada no
Projeto de Interiorização, reflete esse discurso da concentração, pois produz um entendimento
de subordinação.
As iniciativas de apoiar a interiorização da universidade brasileira com base na relação
centro-periferia foi primeiramente experimentada pelo Programa Campus Avançado,
implementado pelos Governos Militares na década 1970. Os campi avançados, localizados em
regiões menos privilegiadas economicamente eram subordinados, do ponto de vista
acadêmico e administrativo, aos campi sede. Apesar dos problemas conceituais que fundam
essa estratégia, calcada num viés centralizador, essa relação era absorvida devido ao fato de
que os campi sede eram universidades consolidadas, criadas há décadas, dotadas de
amadurecimento acadêmico e institucional comprovado. Pelo contrário, o Campus Arapiraca
foi criado junto com os Pólos, e deste modo, seu amadurecimento acadêmico e institucional é
do mesmo grau e natureza.
Há ainda uma sobreposição de funções hierárquicas no aparato de gestão: a Direção
Geral do Campus Arapiraca se confunde com a Coordenação da Unidade Sede. A Direção
32

Geral do Campus Arapiraca deve ter por raio de ação todas a quatro Unidades enquanto as
Coordenações respondem por cada uma das quatro Unidades Acadêmicas.
A descentralização subordinada, a hierarquia funcional e as sobreposições no
organograma administrativo explicam, em parte, as tendências fragmentadores em curso no
presente contexto. As Unidades do Campus Arapiraca têm estabelecido relações acadêmicas
e institucionais mais próximas com o Campus A. C. Simões, em Maceió, do que com o
Campus onde estão sediadas. Se a lógica prevalecente é da relação centro-periferia, a
identificação do centro é mais clara no Campus A. C. Simões do que no Campus Arapiraca,
uma vez que o primeiro abriga a sede da Universidade Federal de Alagoas, com seus órgãos
de poder decisório: a Reitoria e o Conselho Universitário. Esse movimento tem implicações
práticas como, por exemplo, o tempo gasto com a resolução de problemas burocráticos.
A estratégia de dar ao Campus a denominação do município-sede amplifica o viés
concentrador, pois os municípios que abrigam os Pólos são ocultados pela prevalência da
Sede. Outro fator importante que não pode ser menosprezado diz respeito à identidade
institucional do Campus interiorano. A denominação Campus Arapiraca gera confusão, pois
não deixa claro se se trata do Campus como um todo, com as três Unidades Acadêmicas, ou
apenas da Sede. Os comunicados institucionais precisam sempre ser acompanhados de
parênteses e complementos de modo a esclarecer qual é o raio de abrangência que se quer
alcançar.
A espacialização que deu suporte à decisão locacional das Unidades Acadêmicas é
outro fator que tem dificultado o processo de integração entre as Unidades. Segundo o
Projeto de Interiorização, ―a espacialização da (...) interiorização delineia-se por três grandes
zonas, as quais se aproximam do recorte das sub-regiões naturais da Mata-Litoral, Agreste e
Sertão, definindo e registrando, por sua vez, a identidade dos Campi‖ (UFAL, 2005). A subregião do Agreste Alagoano não contempla o conjunto do Campus, já que os municípios de
Viçosa e Penedo estão localizados na Zona da Mata/Litoral, que apresentam características
culturais, sociais e econômicas diferentes. Os perfis desses municípios atestam isso. Portanto,
as sub-regiões naturais não podem ser acionadas como matrizes de aglutinação identitária
para as Unidades do Campus Arapiraca. A integração do Campus Arapiraca deve ser pensada
a partir do reconhecimento da diferença e da diversidade entre suas unidades acadêmicas e
não partir de matrizes identitárias dadas, que produzirão resultados reducionistas e artificiais.
A questão, portanto, é integrar o Campus fazendo com que as diferenças enriqueçam as
interações entre as Unidades, e não que as fragmente. Dainte disso, faz-se necessário um
amplo debate da Comunidade Acadêmica com vistas a estabelecer objetivos comuns, mas
que reconheçam a heterogeneidade entre microrregiões que abrigam cada Unidade.

33

Por fim, ao longo desses cinco anos de implantação o Campus Arapiraca vem
enfrentando tendências fragmentadoras que têm na estratégia de relação centro-periferia seu
impulso fundamental. Deste modo, o princípio que deve nortear quaisquer estratégias de
integração das quatro Unidades Acadêmicas que compõe o Campus deve estar fundado na
superação da relação centro-periferia e do viés concentrador adotado, partindo para uma
organização acadêmico-institucional mais descentralizada e comprometida com a redução
das assimetrias entre as quatro Unidades.
Para iniciar esse movimento, a denominação da instituição precisa ser alterada de
modo que a designação de uma Unidade não se confunda com a denominação do conjunto.
Contudo, esse movimento não pode se reduzir a uma ação apenas no plano semântico, mas
produzir efeitos práticos que serão alcançados com mudanças no campo da gestão
acadêmica e institucional.

6.3. O Ensino Superior nos Municípios-sede
As Unidades da UFAL Campus Arapiraca estão situadas em municípios que abrigam
diversas instituições de ensino superior (IES) públicas e privadas.
Arapiraca conta hoje com 12 instituições de ensino superior, sendo 2 instituições
públicas e 10 privadas. Dos 128 cursos oferecidos pelas IES no município, 27 são oferecidos
por IES pública. As IES oferecem 72 cursos na modalidade de ensino à distância e 56
presenciais. A grande maioria dos cursos na modalidade à distância é oferecida pelas IES
privadas. Quanto ao grau de formação, 59 são cursos de licenciatura, 36 são tecnológicos e
34 são bacharelados. Das faculdades privadas, 3 têm sede em Arapiraca e as outras 7 tem
sede em municípios dos estados do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul e Bahia.

Figura 11 – Quadro de Instituições de Ensino Superior e seus cursos ministrados em Arapiraca
Instituição
Centro de Ensino
Superior Arcanjo Mikael
de Arapiraca - CESAMA
Centro Universitário do
Instituto de Ensino
Superior - COC

Faculdade Alternativa de
Ensino Superior do
Agreste - FAESA
Faculdade de

Sede da
Instituição
Arapiraca/AL

Dependência
Administrativa
Privada

Cursos/ Modalidade de ensino

Modalidade

Bacharelado: Direito

Ensino
presencial

Ribeirão
Preto/SP

Privada

Ensino à
distância

Arapiraca/AL

Privada

Bacharelados: Administração,
Ciências Contábeis, Turismo
Licenciaturas: Computação,
Matemática, Pedagogia,
Tecnológicos:Gestão Financeira,
Marketing, Secretariado,
Bacharelado: Turismo
Licenciatura: Pedagogia,

Salvador/BA

Privada

Licenciaturas: Biologia, Geografia,

Ensino à

Ensino
presencial

34

Tecnologia e Ciências FTC SALVADOR
Faculdade Internacional
de Curitiba - FACINTER
Universidade Norte do
Paraná - UNOPAR

Curitiba/PR

Privada

Londrina/PR

Privada

Instituto de Ensino
Superior Santa Cecília IESC
Universidade Paulista UNIP

Arapiraca/AL

Privada

São Paulo/SP

Privada

Faculdade de
Tecnologia Internacional
- FATEC
INTERNACIONAL

Curitiba/PR

Privada

Universidade Luterana
Do Brasil - ULBRA

Canoas/RS

Privada

Universidade Estadual
De Alagoas - UNEAL

Arapiraca/AL

Pública Estadual

Universidade Federal de
Alagoas

Maceió/AL

Pública Federal

História, Letras – Inglês,
Matemática, Pedagogia,
Pedagogia
Pedagogia Licenciatura
Bacharelados: Administração,
Serviço Social, Ciências
Contábeis
Licenciaturas: História, Letras –
Português, Pedagogia
Tecnológicos: Análise e
Desenvolvimento de Sistemas,
Gestão Ambiental, Gestão De
Recursos Humanos, Gestão
Hospitalar, Marketing, Processos
Gerenciais.
Bacharelados: Direito, Serviço
Social
Licenciaturas: Pedagogia
Bacharelados: Administração,
Ciências Contábeis, Serviço
Social
Licenciaturas: Letras - Português
E Espanhol, Letras - Português e
Inglês, Matemática, Pedagogia
Tecnológicos: Gestão da
Tecnologia da Informação,
Gestão de Recursos Humanos,
Gestão De Sistemas de
Informação, Gestão Financeira,
Logística, Marketing, Processos
Gerenciais
Tecnológicos: Comércio Exterior,
Gestão Comercial, Gestão da
Produção Industrial, Gestão
Financeira, Gestão Pública,
Logística, Marketing, Processos
Gerenciais, Secretariado
Bacharelados: Administração,
Ciências Sociais, Teologia,
Serviço Social
Licenciaturas: Letras, Letras –
Português, Pedagogia, Ciências
Sociais
Tecnológicos: Beleza, Gestão de
Recursos Humanos, Gestão
Financeira, Gestão Pública,
Negócios Imobiliários, Secretaria
Escolar.
Bacharelados: Administração de
Empresa, Ciências Contábeis,
Direito, Administração Pública
Licenciaturas: Geografia, História,
Letras: Português e suas
Respectivas Literaturas, Letras:
Inglês e suas Respectivas
Literaturas, Letras:
Português/Francês e suas
Respectivas Literaturas,
Pedagogia, Matemática, Química,
Ciências Biológicas.
*Bacharelados: Administração,
Administração Pública (EAD),
Administração Pública,
Agronomia, Arquitetura e
Urbanismo, Ciência da

distância
Ensino à
distância
Ensino à
distância

Ensino
presencial
Ensino à
distância

Ensino à
distância

Ensino à
distância

Ensino
presencial

Ensino
presencial e à
distância

35

Computação, Enfermagem,
Zootecnia,
*Licenciaturas: Ciências
Biológicas, Educação Física,
Física, Letras - Língua
Portuguesa,Matemática,
Pedagogia, Química

(*) Apenas os cursos oferecidos na Sede, em Arapiraca.
Fonte: e-MEC: Sistema de Regulação do Ensino Superior. Disponível em: http://emec.mec.gov.br.
Acesso em 13/05/2012.

O Centro de Estudos Superiores de Maceió (CESMAC) não consta no banco de dados
do e-MEC, mas também tem um Campus na cidade de Arapiraca, que entrou em
funcionamento em 2001. A IES é uma instituição privada e oferece na cidade os cursos de
Direito e Análise de Sistemas, pertencentes à Faculdade de Direito de Maceió (FADIMA) e a
Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas (FACET).
O município de Palmeira dos Índios sedia, atualmente, 9 instituições de ensino
superior, sendo 3 instituições públicas e 6 privadas. Dos 67 cursos oferecidos pelas IES no
município, 15 são oferecidos por IES pública. As IES oferecem 50 cursos na modalidade de
ensino à distância e 17 presenciais. Os cursos oferecidos na modalidade presencial são
oferecidos pelas IES públicas e pela FACESTA. Todos os cursos da modalidade à distância
são oferecidos pelas IES privadas. Quanto ao grau de formação, 25 são cursos de
licenciatura, 30 são tecnológicos e 12 são bacharelados. Das faculdades privadas, apenas
uma tem sede em Palmeira dos Índios, as outras 5 tem sede em municípios dos estados do
Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul.
Figura 12 – Quadro de Instituições de Ensino Superior e seus cursos ministrados em Palmeira dos
Índios
Instituição
Faculdade Internacional
de Curitiba - FACINTER
Faculdade São Tomás
de Aquino - FACESTA
Faculdade De
Tecnologia Internacional
- FATEC
INTERNACIONAL
Instituto Federal de
Educação, Ciência e
Tecnologia de Alagoas IFAL
Universidade Norte do
Paraná - UNOPAR

Sede da
Instituição
Curitiba/PR

Natureza
Jurídica
Privada

Cursos/ Modalidade de ensino

Modalidade

Pedagogia Licenciatura

Palmeira dos
Índios/AL
Curitiba/PR

Privada

Licenciatura: Educação Física; Filosofia

Privada

Maceió/AL

Pública
Federal

Tecnológico: Comércio Exterior; Gestão
Comercial;Gestão Da Produção
Industrial; Gestão Financeira; Gestão
Pública; Logística
Marketing; Processos Gerenciais;
Secretariado
Tecnológico: Construção de Edifícios;
Sistemas Elétricos.

Ensino à
distância
Ensino
presencial
Ensino à
distância

Londrina/PR

Privada

Bacharelados: Administração, Serviço
Social, Ciências Contábeis
Licenciaturas: História, Letras –
Português, Pedagogia
Tecnológicos: Análise e
Desenvolvimento de Sistemas, Gestão
Ambiental, Gestão De Recursos
Humanos, Gestão Hospitalar, Marketing,

Ensino
presencial
Ensino à
distância

36

Universidade Paulista UNIP

São Paulo/SP

Privada

Universidade Luterana
Do Brasil - ULBRA

Canoas/RS

Privada

Universidade Estadual
De Alagoas – UNEAL
Campus III

Arapiraca/AL

Pública
Estadual

Universidade Federal de
Alagoas

Maceió/AL

Pública
Federal

Processos Gerenciais.
Bacharelados: Administração, Ciências
Contábeis, Serviço Social
Licenciaturas: Letras - Português E
Espanhol, Letras - Português e Inglês,
Matemática, Pedagogia
Tecnológicos: Gestão da Tecnologia da
Informação, Gestão de Recursos
Humanos, Gestão De Sistemas de
Informação, Gestão Financeira,
Logística, Marketing, Processos
Gerenciais
Bacharelados: Administração, Ciências
Sociais, Teologia, Serviço Social
Licenciaturas: Letras, Letras –
Português, Pedagogia, Ciências Sociais
Tecnológicos: Beleza, Gestão de
Recursos Humanos, Gestão Financeira,
Gestão Pública, Negócios Imobiliários,
Secretaria Escolar.
Licenciaturas: Ciências Biológicas;
Ciências Biológicas; Geografia;
História; Letras - Português e suas
respectivas literaturas ; Letras - Inglês e
suas respectivas literaturas; Matemática;
Matemática; Pedagogia; Pedagogia;
Química.
Bacharelados: Psicologia e Serviço
Social

Ensino à
distância

Ensino à
distância

Ensino
presencial

Ensino
presencial

Fonte: e-MEC: Sistema de Regulação do Ensino Superior. Disponível em: http://emec.mec.gov.br.
Acesso em 13/05/2012.

O município de Penedo conta com 5 IES, sendo 4 de natureza jurídica privada, e 1
pública (UFAL). Dos 25 cursos oferecidos pelas IES em Penedo, apenas 3 são oferecidos por
IES pública. As IES oferecem ao todo 17 cursos presenciais e 8 cursos à distância. Quanto ao
grau de formação, 18 são cursos de licenciatura, 7 são bacharelados. No levantamento, não
foi detectada a existência de cursos tecnológicos oferecido por IES sediada em Penedo. Das
quatro IES privadas instaladas no município, três tem sede em Penedo.
Figura 13 – Quadro de Instituições de Ensino Superior e seus cursos ministrados em Penedo
Instituição

Sede da
Instituição
Salvador/BA

Dependência
Administrativa
Privada

Faculdade de Ciências
Jurídicas de Alagoas FCJAL
Faculdade de Ciências
Sociais Aplicadas de
Penedo - FCSAP
Faculdade de Formação de
Professores de Penedo FFPP

Penedo/AL

Privada

Penedo/AL

Universidade Federal de
Alagoas

Faculdade de Tecnologia e
Ciências – FTC SALVADOR

Cursos/ Modalidade de ensino

Modalidade

Licenciaturas: Biologia, Geografia,
História, Letras – Inglês, Matemática,
Pedagogia, Pedagogia
Bacharelado: Direito; Direito

Ensino à
distância

Privada

Bacharelados: Administração, Análise
de Sistemas

Ensino
presencial

Penedo/AL

Privada

Ensino
presencial

Maceió/AL

Pública Federal

Licenciaturas: História; Letras; Letras
– Espanhol;Letras – Inglês; Letras –
Português; Matemática; Pedagogia;
Pedagogia; Pedagogia; Pedagogia;
Pedagogia
Bacharelados: Engenharia de Pesca;
Turismo; Administração Pública

Ensino
presencial

Ensino
presencial e à
distância

37

Fonte: e-MEC: Sistema de Regulação do Ensino Superior. Disponível em: http://emec.mec.gov.br.
Acesso em 13/05/2012.

Por fim, Viçosa conta com duas IES, ambas de direito público, a UNEAL e a UFAL. As
duas instituições oferecem ao todo 5 cursos, todos presenciais. Os quatro cursos oferecidos
pela UNEAL são licenciaturas, o único bacharelado é oferecido pela UFAL. É latente o
problema da carência de IES no município e, segundo informações divulgadas pelo website
do IFAL, a Prefeitura tem solicitado o apoio do Instituto para a implantação de um campus no
município, com o intuito de ampliar a oferta de ensino tecnológico.
Figura 14 – Quadro de Instituições de Ensino Superior e seus cursos ministrados em Viçosa
Instituição
Universidade Estadual De
Alagoas – UNEAL
Universidade Federal de
Alagoas

Sede da
Instituição
Penedo/AL

Dependência
Administrativa
Pública Estadual

Maceió/AL

Pública Federal

Cursos/ Modalidade de ensino

Modalidade

Licenciaturas: Ciências Biológicas,
Letras; Letras – Português;
Matemática.
Bacharelado: Medicina Veterinária

Ensino
presencial
Ensino
presencial

Fonte: e-MEC: Sistema de Regulação do Ensino Superior. Disponível em: http://emec.mec.gov.br.
Acesso em 13/05/2012.

O Projeto de Interiorização previa que a Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) se
constituiria em importante parceira da UFAL Campus Arapiraca em ações interinstitucionais de
ensino, pesquisa e extensão. Contudo, após seis anos de implantação da UFAL em Arapiraca
poucas iniciativas foram realizadas no sentido de estreitar as relações entre as duas IES
públicas. Faz-se necessário a aproximação das duas IES para estreitar relações de parceria
com vistas a possibilitar sinergias acadêmicas e aprofundar a inserção ativa das duas
instituições na realidade local do interior alagoano.

7. AS TRÊS DIMENSÕES FUNDAMENTAIS
7.1. Ensino
O Projeto Pedagógico Institucional - PPI é um documento que estabelece as políticas
para o fazer acadêmico fiel à filosofia institucional.
A Universidade Federal de Alagoas, através dos objetivos traçados no PPI, defende
que a formação acadêmica deve transcender o tradicional espaço da sala de aula e articularse com diferentes dimensões da realidade. Desta maneira, o Projeto Pedagógico de cada
curso deve ser adequado aos novos parâmetros de aprendizagem e baseado, de acordo com
as Diretrizes Curriculares Nacionais, nos princípios da articulação entre teoria e prática, entre
ensino, pesquisa e extensão, da interdisciplinaridade e da flexibilidade curricular.
38

A articulação entre teoria e prática pode ser compreendida como um princípio de
aprendizagem que se afasta da lógica positivista de produção do conhecimento e possibilita
que os alunos se envolvam com problemas reais, tomem contato com seus diferentes
aspectos e influenciem nas soluções. Assim o aluno sai da simples condição de mero receptor
de informações e passa a sujeito da produção desse conhecimento.
A articulação entre ensino, pesquisa e extensão pressupõe um projeto de formação
cujas atividades curriculares transcendam a tradição das disciplinas. A defesa da prática como
parte inerente, integrante e constituinte do questionamento sistemático, crítico e criativo e, da
pesquisa como atitude cotidiana, como principio cientifico e educativo, deve estar presente na
própria concepção de prática educativa prevista na organização do Projeto Pedagógico do
curso.
A interdisciplinaridade deve ser compreendida enquanto estratégia conciliadora dos
domínios próprios de cada área com a necessidade de alianças entre eles no sentido de
complementaridade e de cooperação para solucionar problemas, encontrando a melhor forma
de responder aos desafios da complexidade da sociedade contemporânea.
A flexibilização curricular poderá ser operacionalizada em diferentes níveis: pelo
arejamento do currículo; pelo respeito à individualidade no percurso de formação; pela
utilização da modalidade do ensino à distância; pela incorporação de experiências
extracurriculares creditadas na formação; pela adoção de formas diferenciadas de
organização curricular; pela flexibilização das ações didático-pedagógicas e pelo chamado
programa de mobilidade ou intercâmbio estudantil.
O ordenamento curricular de cada curso de graduação poderá expressar-se por eixos,
disciplinas, competências e objetivos desde que atuem em consonância com os Princípios
das Diretrizes Curriculares Nacionais. Assim, o Projeto Pedagógico de cada Curso de
Graduação, além da clara concepção do curso em questão, com suas peculiaridades, seu
currículo pleno e sua operacionalização, deverá abranger, sem prejuízo de outros, os
seguintes elementos estruturais:
• Concepção e objetivos gerais do curso, contextualizadas em relação às suas
inserções institucional, política, geográfica e social;
• Condições objetivas de oferta e a vocação do curso;
• Cargas horárias das atividades didáticas e da integralização do curso;
• Formas de realização da interdisciplinaridade;
• Modos da integração entre teoria e prática;
• Formas de avaliação do ensino e da aprendizagem;
• Modos da Integração entre graduação e pós -graduação, quando houver;

39

• Incentivo à pesquisa e à extensão, como necessário prolongamento da atividade de
ensino e como instrumento para a iniciação científica;
• Concepção e composição das atividades de estágio curricular supervisionado, suas
diferentes formas e condições de realização; e
• Concepção e composição das atividades complementares; e, inclusão obrigatória do
Trabalho de Conclusão do Curso.
O Projeto de Interiorização definiu o conjunto de cursos oferecidos nas Unidades a
partir de três elementos, considerando aspectos qualitativos e quantitativos das demandas,
com base nas duas variáveis indissociáveis e nos resultados da pesquisa representativa
realizada junto aos segmentos sociais interessados. São eles:
a) Universo pesquisado: amostragem representativa em doze dos trinta e sete
municípios circundantes ao município de Arapiraca (correspondentes as quatro
CREs/SEE-AL, referidas)
b) Atores envolvidos: alunos do terceiro ano científico matriculados nas escolas
públicas e privadas dos municípios visitados; representantes do poder público
municipal, do magistério da rede estadual e municipal; representantes do
empresariado do comércio, serviços, indústrias; representantes da sociedade em
geral.
c) Metodologia: entrevistas diretas com aplicação de questionário de conteúdo
aleatório (desejos e vocações) e induzido (listagem dos cursos existentes na UFAL,
sugestão de novos, necessidades (demandas) locais; relatório técnico de Pesquisa.
(UFAL, 2005)
A caracterização dos Cursos obedeceu a uma nova configuração com vistas a constituir
uma ―experiência inovadora, apresentando características distintas daquelas já observadas
nos cursos do Campus Central/Maceió‖. Tal experiência inovadora está fundamentado nas
proposições do REUNI, que propugna a adoção de um ―projeto acadêmico-administrativo
flexível e econômico em recursos humanos e materiais, apropriado às novas condições de
operação da instituição em sintonia com as fronteiras e as novas dinâmicas do conhecimento,
a consideração da pluralidade dos saberes e da interdisciplinaridade, objetivando a formação
competente e cidadã dos seus alunos‖ (UFAL, 2005).
A partir desse levantamento, o Projeto de Interiorização definiu inicialmente a
implantação de 16 cursos de graduação, nas quatro Unidades Acadêmicas, sendo 14 cursos
na Sede Arapiraca, 2 cursos na Unidade Penedo, 2 cursos na Unidade Palmeira dos Índios e 1
curso em Viçosa, obedecendo a seguinte distribuição:
 Sede Arapiraca: Administração, Agronomia, Arquitetura e Urbanismo, Ciência da
Computação, Biologia (Licenciatura), Educação Física (Licenciatura), Enfermagem,
40

Física (Licenciatura), Matemática (Licenciatura), Pedagogia (Licenciatura), Química
(Licenciatura) e Zootecnia;
 Unidade Viçosa: Medicina Veterinária;
 Unidade Palmeira dos Índios: Psicologia e Serviço Social;
 Unidade Penedo: Engenharia de Pesca e Turismo.
Em 2010 foram criados os Cursos de Administração Pública, Licenciatura em Letras e
Pedagogia, ampliando para 14 o número de cursos em funcionamento na Sede Arapiraca. Os
três cursos supracitados funcionam no período noturno.
No que tange aos eixos temáticos, os cursos de graduação inicialmente implantados no
Campus Arapiraca foram definidos pelo Projeto de Interiorização e agrupados da seguinte
maneira:
1. Eixo das Agrárias: cursos de Agronomia, Zootecnia, Medicina Veterinária e
Engenharia de Pesca;
2. Eixo da Educação: licenciaturas Matemática, Física, Biologia, Química e Educação
Física;
3. Eixo de Gestão: cursos de Administração e Turismo;
4. Eixo das Humanidades: cursos de Serviço Social e Psicologia;
5. Eixo da Saúde: curso de Enfermagem;
6. Eixo da Tecnologia: cursos de Arquitetura e Ciências da Computação.
Segundo o Projeto, os Eixos Temáticos foram criados para agrupar classes de cursos
que guardam identidades, atividades e formações disciplinares comuns. O Projeto dispôs que
o agrupamento dos cursos deve ser flexível e progressivo, considerando as variáveis
indissociáveis: a base natural da sub-regional alagoana, com suas vocações econômicas e a
expressão dos alunos concluintes do ensino médio da rede pública, das instituições públicas,
das lideranças locais e da iniciativa privada. Além disso, os eixos deveriam considerar também
o acesso aos recursos federais de expansão e manutenção da instituição.
No decorrer dos cinco anos de implantação do Campus os eixos passaram por
transformações. O Curso de Administração Pública ingressou no Eixo de Gestão e os cursos
de Licenciatura em Letras e Pedagogia, no Eixo da Educação. O Curso de Ciências da
Computação migrou do Eixo de Gestão para o Eixo de Tecnologia.
A estrutura e o conteúdo curricular foram idealizados para contemplar a oferta
semestral de disciplinas, organizados mediante a seguinte configuração geral:


Tronco Inicial, de conteúdo geral, mas com abordagem comum aos cursos
agrupados nos Eixos Temáticos.
41



Tronco Intermediário, de conteúdo comum aos cursos de cada Eixo Temático.



Tronco Profissionalizante, conteúdo específico da formação graduada final.

De acordo com o Projeto de Interiorização, cada tronco deve observar as seguintes
características gerais: Flexibilidade curricular, possibilitando mobilidade dos estudantes entre
os Pólos e o Campus do Interior, objetivando aquisição de conhecimentos complementares
(disciplinas) oferecidos em cada nível cursado (Troncos de Conhecimento); Formação
profissionalizante envolvendo práticas e estágio final com intervenção na realidade local,
aferida mediante monografia com banca docente e defesa pública; Pesquisa e extensão,
enquanto princípios pedagógicos, devem estar presentes nas atividades curriculares de cada
etapa; Os projetos pedagógicos dos cursos poderão conter até 20% de carga horária
ministrada na modalidade à distância, segundo permite a legislação em vigor; O ingresso dos
candidatos aos cursos interiorizados da UFAL deverá observar processo seletivo comum aos
demais cursos da UFAL, sendo classificatório e aferindo conhecimentos referentes ao
conteúdo exigido no ensino médio. Entretanto, o primeiro processo seletivo para
os cursos do Campus de Arapiraca deverá ocorrer em data específica, em meados de 2006,
diante do início de funcionamento dos cursos previsto para agosto desse mesmo ano; A reopção entre os diferentes Troncos Intermediários e Profissionalizantes não será permitida,
restrita apenas quando no interior de Tronco Intermediário ou Profissionalizante comum, a
depender número de vagas e das exigências específicas de cada curso, mediante seleção
específica, se caso for; e Novos procedimentos de gestão administrativa e acadêmica,
informatizados, serão requeridos e apropriados ao novo modelo pedagógico, permitindo o
acesso dos discentes, dos docentes e dos gestores às suas áreas específicas, objetivando
reduzir o tempo burocrático, o uso de papéis e o deslocamento pessoal desnecessário.
O Tronco Inicial foi proposto como parte integrante, obrigatória e comum do projeto
pedagógico de todos os cursos de graduação interiorizados pertencentes a cada Eixo
Temático, articulando quatro unidades de formação básica que se desdobram em disciplinas
interdisciplinares e modulares. A última unidade corresponde a um seminário integrador,
oferecido em dois momentos e abrangências. O conteúdo deste Tronco foi pensado com um
total de 20 horas semanais, por um semestre (20 semanas), oferecendo-se ao final, 400 horas
semestrais. O objetiva central do Tronco Inicial é oferecer conteúdos disciplinares que
promovam a discussão crítica de conhecimentos referentes a:


―Sociedade, natureza e desenvolvimento: relações locais e globais‖. Disciplina
oferecida em 06 horas semanais e 120 horas semestrais. Ementa: ―Reflexão crítica
sobre a realidade, tendo como base o conhecimento de mundo a partir de um contexto
local e sua inserção global, através de abordagem interdisciplinar sobre sociedade,
42

seu funcionamento, reprodução, manifestações diversas e suas relações com a cultura,
economia, política e natureza. Conteúdo programático: Sociedade, cultura e política.
Ciência, tecnologia e processos produtivos. Relações sociedade-natureza e a questão
ambiental. Desenvolvimento e subdesenvolvimento. Princípios ecológicos, sociais e
econômicos básicos na construção de novos paradigmas de desenvolvimento. O
global e o local: identidade, integração, rupturas e diferenças‖ (UFAL, 2005).


―Produção do conhecimento: ciência e não-ciência‖. Disciplina oferecida em 06 horas
semanais e 120 horas semestrais. Ementa: Instrução e discussão sobre ciência e seus
instrumentos, procedimentos e métodos científicos, mas também sobre as expressões
de conhecimento tradicional, populares e locais, para o reconhecimento de um diálogo
de saberes e a internalização de novos paradigmas. Conteúdo programático:
Conhecimento, ação, estratégias. Materiais, métodos, conceitos, leis, modelos, teorias
e paradigmas. Epistemologia e crítica da ciência. A complexidade básica. Método
científico: observação, experimentação e formulação de modelos. A crise do modelo
disciplinar da ciência clássica e os novos desafios/necessidades para a compreensão
do mundo atual: a demanda de uma ciência da complexidade. A integração do
conhecimento e a construção interdisciplinar. A recriação/revalorização/ integração:
saberes próprios e de outra natureza. O diálogo de saberes. Conhecimento empírico e
tradicional: observação do contexto, acumulação e transmissão de conhecimento. Os
mitos. As complementaridades dos saberes.



―Lógica, informática e comunicação‖. Disciplina oferecida em 06 horas semanais e120
horas semestrais. Ementa: Oferta de instrumentais básicos requeridos pelo cursar da
graduação universitária, fundamentalmente: usos da linguagem, indução e dedução;
novas tecnologias de comunicação, usos do computador e da internet; expressão
escrita, análise, interpretação e crítica textual. Conteúdo programático: Usos da
linguagem. Falácias não formais. Definição. Introdução à dedução.Introdução à
indução. Desenvolvimento de projetos utilizando o computador. O papel da Internet na
sala de aula atual. Explorando a WWW. Desenvolvimento de páginas WEB para a
aprendizagem. Comunicando-se pela Internet.



―Seminário integrador I‖: Trata-se de discussão local, interdisciplinar, de integração das
atividades e de avaliação dos progressos discentes de cada eixo. Deverá ser oferecido
em 02 horas semanais, por um semestre. Ementa: Seminário semanal de integração
dos alunos de cada Eixo Temático, de conteúdo definido pelo colegiado dos seus
cursos.
O Tronco Intermediário, segundo o projeto de Interiorização, é parte integrante,

obrigatória e comum do projeto pedagógico de todos os cursos de graduação pertencentes a
43

um dos Eixos Temáticos. Articula-se em disciplinas, sendo uma delas um seminário
integrador. O conteúdo deste Tronco se desenvolve ao longo de um semestre letivo (de 40
semanas), em atividades de 20 horas semanais, obtendo-se ao final, 400 horas semestrais.
Objetiva a oferta e a discussão crítica de conhecimentos referentes à formação básica comum
aos cursos de cada Eixo Temático, através de disciplinas instrumentais de síntese. As
disciplinas podem ser reunidas em Unidades Temáticas e seus conteúdos disciplinares
deverão ser apropriados a cada Eixo Temático.
O Tronco Profissionalizante compreende conteúdos objetivos, diretos, específicos e
profissionalizantes, ofertados através de disciplinas que observam as características peculiares
dos projetos pedagógicos e traduzem as formações graduadas finais de cada curso, dentro
dos cinco Eixos Temáticos, já referidos.
Quanto à Pós-graduação, o PPI defende a articulação desta com as atividades da
graduação. A articulação entre esses dois níveis – graduação e pós-graduação – deve ser
amplamente considerada no momento da criação dos cursos de Pós-Graduação, que devem
perceber o sistema universitário como um todo interligado. Inovações teóricas e metodologias
originais e criativas, que visem à melhoria dessa articulação, são recomendáveis não apenas
para os novos Programas de Pós-Graduação, mas também para aqueles já consolidados. A
UFAL compreende que o lato sensu desempenha um importante papel para a formação
continuada do estudante de graduação recém-formado que não pretende ingressar no
sistema stricto sensu e para os cidadãos que já se encontram no mercado de trabalho e que
necessitam de uma atualização constante de suas especialidades. Além disso, os cursos lato
sensu podem ser um locus de experimentação para grupos de pesquisa ainda não
suficientemente amadurecidos para a implementação de programas stricto sensu.
No que concerne à criação de cursos de pós-graduação, o Campus Arapiraca
desenvolveu nos últimos dois anos, três iniciativas: os cursos de especialização em Ensino de
Filosofia e Saúde Coletiva e Ambiente e o mestrado em Agricultura e Ambiente.
Em 2010, foi realizado o curso de especialização em Ensino de Filosofia, dirigida aos
professores da rede pública da cidade de Arapiraca. O curso de pós-graduação lato sensu foi
destinado aos professores da Rede Pública Oficial de Ensino (municipal e estadual) de
Arapiraca e municípios vizinhos, não necessariamente efetivos, e que já possuam formação
universitária (bacharelado ou licenciatura) ou em Letras, ou em Ciências Humanas (Filosofia,
Geografia, História, Ciências Sociais, Sociologia, Estudos Sociais e afins - exceção feita a
Direito), ou em Pedagogia. As aulas do Curso iniciaram em novembro/2010 com prazo de
encerramento em maio/2012.
Em 2012, o Curso de Enfermagem iniciou a especialização em Saúde Coletiva e
Ambiente. O curso de pós-graduação está sendo ministrado na modalidade presencial, com
44

oferta de 30 vagas, com aulas quinzenais e previsão de encerramento em maio de 2013. A
criação do curso de especialização foi motivada pela necessidade de formar profissionais com
experiência para atuar na área da saúde coletiva ambiental, dados os graves problemas
existentes atualmente no Brasil, sobretudo na região Agreste de Alagoas. O curso é
multiprofissional, destinado aos trabalhadores em saúde de nível superior e tem como
objetivos: formar especialistas para o desenvolvimento de pesquisas científicas nas áreas de
saúde coletiva e ambiente; estimular o desenvolvimento da capacidade de raciocínio e de
pensamento crítico sobre questões relacionadas à saúde coletiva e ao ambiente; qualificar
profissionais na gestão da saúde e do ambiente, do desenvolvimento humano e da elevação
da qualidade de vida das populações; proporcionar aos profissionais a atualização de
conhecimentos, com o foco nas áreas de saúde e ambiente, além de aprofundar
conhecimentos e técnicas de trabalho3.
Em 2011, o Campus Arapiraca criou seu primeiro curso de Mestrado stricto senso. O
mestrado Agricultura e Ambiente, organizado pelos Cursos de Agronomia e Zootecnia,
realizou seu primeiro processo seletivo no início de 2012, a primeira turma inicia as atividades
nesse semestre letivo. As linhas de pesquisa do novo mestrado são Tecnologia de sementes,
Uso da água na agricultura, Entomologia aplicada, Ecologia e Genética e Estatística aplicada.
Figura 15 – Quadro da distribuição das unidades e cursos na UFAL: campi e unidades
CAMPUS
DISCRIM.
A.C. SIMOES
ARAPIRACA
SERTÃO
TOTAL
Unidades acadêmicas
21
1
1
23
Cursos de graduação
26
19
8
53
Programas de mestrado
26
0*
0
26
Programas de doutorado
8
0
0
8
Fonte: UFAL em números. Disponível em www.ufal.edu.br. Acesso em: 29.10.2011
(*) Em março de 2012 iniciou o primeiro programa de mestrado do Campus Arapiraca: Agricultura e
Ambiente.

O quadro abaixo mostra a evolução dos indicadores acadêmicos do Campus
Arapiraca, de acordo com o Relatório de Gestão da UFAL de 2011.
Figura 16 – Quadro da evolução dos indicadores acadêmicos do Campus Arapiraca

3

Disponível em www.ufal.edu.br. Acesso em 20.05.2012
45

Os investimentos realizados no Campus Arapiraca, de acordo com o Relatório de Gestão
da UFAL de 2011 encontram-se listados na figura abaixo.
Figura 3 – Quadro da evolução orçamentária do Campus Arapiraca, de 2005 a 2011.

7.2. Pesquisa
Em relação às atividades de Pesquisa, o PDI – UFAL defende que a mesma deve ser
cada vez mais institucionalizada, pois é neste âmbito que ocorre o processo de construção de
sua legitimidade e de sua função social. Ainda segundo o PDI, a dimensão investigatória
científica precisa estar conectada às atividades de ensino e de extensão, não podendo ter a
mesma característica de organizações especializadas, a exemplo dos institutos de pesquisa. A
pesquisa deve, portanto, ser incorporada ao ensino, posto que não há ensino sem produção
do conhecimento que alimente a formação do indivíduo. A pesquisa é tida como exigência de
produção de conhecimento e de formação profissional e cidadã.
O plano estratégico de pesquisa no âmbito da pós-graduação da UFAL, mesmo
focalizando a construção e adequação dos espaços, o incentivo ao surgimento e
consolidação de grupos de pesquisa, a expansão da pós-graduação e a criação de
laboratórios de pesquisa, tem refletido um esforço institucional no oferecimento de melhores
condições de ensino na graduação. Tem-se, portanto, como perspectiva impulsionar
46

graduação e pós-graduação, provocando oportunidades e reforçando possibilidades para que
os alunos de graduação possam ser envolvidos não só pelos resultados da pesquisa do
professor-pesquisador, mas também pelos temas, teorias e controvérsias do fazer científico. A
articulação entre esses dois níveis deve ser amplamente considerada no momento da criação
dos cursos de Pós -Graduação, que devem perceber o sistema universitário como um todo
interligado. Conquanto seja reconhecível a contribuição de programas de bolsa no nível de
graduação (PIBIC, PIBIT, PIBIP-AÇÃO) para a interação dos dois níveis, é importante que os
programas avancem em descobertas de novas possibilidades de integração.
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) na UFAL é financiado
pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, pela FAPEAL,
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas, e pela própria UFAL, com recursos
próprios. Em 2011, o Programa PIBIC contou com bolsas CNPq (280), FAPEAL (100) e UFAL
(100), totalizando 480 bolsas. Somando-se a isso, as bolsas PIBIC – Ações Afirmativas (25)
tem-se um total de 505 bolsas de iniciação científica. Na mesma trajetória do PIBIC, o PIBICAções Afirmativas diferencia-se daquele por destinar-se aos alunos cotistas.
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Pesquisa – Ação (PIBIP-AÇÃO), uma
ação conjunta com a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, contemplou 67 projetos
voltados à transformação social, focados no Campus Arapiraca e Pólos para o 2009/2010. O
mesmo programa, para o ano 2011/2012, disponibilizou 70 bolsas. As bolsas são no valor
R$360,00.
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e à
Inovação (PIBITI) são destinadas a instituições públicas, comunitárias ou privadas que
realizam atividade de desenvolvimento tecnológico e inovação e tenham instalações próprias
para tal fim. Atualmente o programa conta com 28 bolsas do CNPq e 16 bolsas da UFAL.
Figura 17 - Quadro de Bolsas Pesquisa UFAL para os anos 2010 e 2011 (todos os campi)
BOLSAS
2010
PIBIC
480
PIBIC Ações Afirmativas
25
BIA
15
PIBIT
36
Fonte: PROPEP – Relatório de Gestão da UFAL 2011.

2011
480
25
15
44

Figura 18 – Quadro de Projetos PIBIC (CNPq/ UFAL/Fapeal) nos anos 2007 a 2009 para Campus
Arapiraca
2010
2011
2007
2008
2009
PROJETOS

15

10

23

*

*

BOLSISTAS

19

18

*

*

*

NÃO BOLSISTAS

10

6

*

*

*

ORIENTADORES

13

9

16

*

*

(*) dados não informados. Fonte: Direção Acadêmica do Campus Arapiraca.
47

Figura 19 – Quadro de PROJETOS PIBIC aprovados para o ano 2012/2013 para o Campus
Arapiraca
UNIDADES
QUANT. PROJETOS
QUANT. BOLSISTAS
ARAPIRACA
28
37
PALMEIRA DOS ÍNDIOS
01
01
PENEDO
07
09
VIÇOSA
09
10
TOTAL
45
57
Fonte: Direção Acadêmica do Campus Arapiraca.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) concede
bolsas para a formação de recursos humanos no campo da pesquisa científica e tecnológica,
em universidades, institutos de pesquisa, centros tecnológicos e de formação de profissional,
tanto no Brasil como no exterior4.
No Brasil, várias modalidades de bolsas são oferecidas aos jovens de ensino médio e
superior, em nível de pós-graduação, interessados em atuar na pesquisa cientifica, e
especialistas para atuarem em pesquisa e desenvolvimento nas empresas e centros
tecnológicos. Seguem as modalidades de bolsas oferecidas pelo CNPq com sues respectivos
objetivos e prazos de duração.


Iniciação Científica – IC: despertar vocação científica e incentivar talentos potenciais
entre estudantes de graduação universitária, mediante participação em projeto de
pesquisa, orientados por pesquisador qualificado. Duração: até 12 meses ao
estudante, renovável sucessivamente; por tempo indeterminado à entidade parceira;
até 12 meses ao pesquisador orientador, renovável, sucessivamente.



Mestrado – GM: Apoiar a formação de recursos humanos em nível de pós-graduação.
Duração: até 24 meses ao estudante, improrrogáveis; por tempo indeterminado ao
curso de pós-graduação.



Doutorado Pleno – GD: Apoiar a formação de recursos humanos em nível de pósgraduação. Duração: até 48 meses ao estudante, improrrogáveis; por tempo
indeterminado ao curso de pós-graduação.



Doutorado Sanduíche no país – SWP: Apoiar aluno formalmente matriculado em curso
de doutorado para o desenvolvimento de sua tese junto a outro grupo de pesquisa.
Mensalidade: auxílio deslocamento, destinado à aquisição de passagem aérea de ida e
volta, quando houver a necessidade de deslocamento do estudante por distância
superior a 350 km. Duração: De 2 a 6 meses ao estudante, improrrogáveis.

4

Disponível em www.cnpq.br. Acesso em 10.06.2012
48



Produtividade em Pesquisa – PQ: Destinada a pesquisadores que se destaquem entre
seus pares, valorizando sua produção científica segundo critérios normativos.



Apoio Técnico – AT: Apoiar grupo de pesquisa mediante a concessão de bolsa a
profissional técnico especializado.
O CNPq vem investindo na aplicação de recursos financeiros na formação de pessoal

qualificado para implementar projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) em
pequenas e médias empresas.
A bolsa de Iniciação Tecnológica e Industrial – ITI tem por objetivo estimular o interesse
para a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico em alunos de graduação nas empresas, até
a duração máxima do projeto ao qual o bolsista estará vinculado.
A participação da UFAL nas ações de pesquisa fomentadas pelo CNPq mostra o grau
de importância da instituição em relação às outras instituições beneficiadas do estado de
alagoas. A UFAL conta com aproximadamente 90% das ações de pesquisa fomentadas no
estado de alagoas. Contudo, o estado não chega a contar com 1,5% do total das ações de
pesquisa fomentadas pelo CNPq no país.
Figura 20 - Ações de pesquisa fomentadas pelo CNPq, em AL, por instituição (vigentes em junho
2012)
Modalidade
Apoio a Participação/
Realização de Eventos
Apoio a Projetos de
Pesquisas
Bolsas de Apoio Técnico
Bolsas de Desenvolvimento
Científico e Regional
Bolsas de Desenvolvimento
Tecnológico e Industrial
Bolsas de Doutorado

UFAL

IFAL UNEAL UNCISAL

GOV
% MOD.
FAPEAL OUTROS* TOTAL
EST
PAÍS

6

0

0

0

0

0

0

6

0.72%

118

1

0

1

1

0

0

121

0.97%

37

0

0

0

0

0

0

37

1.10%

0

0

0

0

0

7

0

7

3.24%

11

0

10

0

1

0

1

23

0.51%

26

0

0

0

0

0

0

26

0.27%

7

0

0

0

3

0

0

10

0.80%

Bolsas de Extensão em
Pesquisa
Bolsas de Fixação de
Doutores
Bolsas de Iniciação
Científica
Bolsas de Iniciação
Científica Júnior
Bolsas de Iniciação
Tecnológica e Industrial

0

0

0

0

0

0

3

3

0.50%

345

3

5

14

2

0

30

399

1.34%

0

0

7

0

0

0

0

7

0.09%

88

5

0

0

0

0

0

93

1.60%

Bolsas de Mestrado

40

0

0

0

0

0

0

40

0.39%

Bolsas de Pesquisador/
Especialista Visitante

1

0

0

0

0

0

0

1

0.77%

Bolsas de Pós-doutorado

6

0

0

0

0

0

0

6

0.40%

Bolsas de Produtividade em
Pesquisa e Tecnologia

59

0

0

0

0

0

0

59

0.40%

49

TOTAL

744

9

22

15

7

7

34

838

Fonte: Mapa de Investimentos do CNPq. Disponível em http://efomento.cnpq.br. Acesso em 10.06.2012
(*) Rastru – Investigação e Perícia Digital; Centro Oftalmológico Lyra e Antunes; Interacta Química; Sociedade de
Ensino Universitário do Nordeste; Faculdade de Alagoas; Centro Universitário CESMAC.

No âmbito das bolsas de pesquisa oferecidas a discentes, o Campus Arapiraca conta
atualmente com 7% das bolsas de iniciação científica do total distribuído na UFAL e 5% das
bolsas de iniciação Tecnológica e Industrial. Esses índices registram resultados abaixo do
previsto, já que o Campus Arapiraca agrega 13.9% do total de alunos matriculados na
graduação5.
Figura 21 - Alunos de graduação bolsistas do CNPq, na UFAL (vigência em junho de 2012)
Modalidade
UFAL Campus
UFAL demais Campi
TOTAL
Arapiraca (A. C. Simões, Delza Gitaí e Sertão)
Iniciação Científica
24
321
345
Iniciação Tecnológica e Industrial
4
84
88
Fonte: Mapa de Investimentos do CNPq. Disponível em http://efomento.cnpq.br. Acesso em 10.06.2012

No caso das bolsas oferecidas a docentes, a disparidade entre o Campus Arapiraca e
os demais campi apresenta-se de modo ainda mais preocupante, já que o Campus conta com
apenas 3,5% dos apoios a projetos de pesquisa, 5% das bolsas de produtividade e nenhuma
bolsa de apoio técnico.

Figura 22 - Docentes bolsistas ou apoiados pelo Cnpq, na UFAL (vigência em junho de 2012)
UFAL Campus
Modalidade
UFAL demais Campi TOTAL
(A. C. Simões, Delza Gitaí e
Arapiraca
Sertão)

Apoio a Projetos de Pesquisa
Bolsa de Apoio Técnico
Bolsas de Produtividade em Pesquisa e Tecnologia

4
0
3

114
37
56

118
37
59

Fonte: Mapa de Investimentos do CNPq. Disponível em http://efomento.cnpq.br. Acesso em 10.06.2012

No âmbito da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes),
segundo os dados de 2010, o estado de Alagoas apresenta-se na menor faixa da legenda no
mapa de concessão de Bolsas de pós-graduação da Capes no Brasil, ficando atrás de
Unidades da Federação com porte populacional similar – como rio Grande do Norte, Mato
Grosso – ou até mesmo menor, como Sergipe.

5

Dados de dezembro de 2011.

50

Figura 23 – Mapa esquemático da distribuição de bolsas de pós-graduação Capes em regiões
brasileiras. Fonte: Geocapes. Disponível em: http://geocapes.capes.gov.br. Acesso em 12.06.2012.

No que tange às grandes áreas, Alagoas apresenta alguns diferenciais em relação ao
que prevalece no país. Segundo os dados de 2010, as Ciências Exatas e da Terra aparecem
em primeiro lugar no estado, com 28% do total de bolsas concedidas no estado – mais que o
dobro do foi concedido à segunda grande área mais atendida, as Ciências da Saúde. Esse
índice atesta uma elevada discrepância no provimento de bolsas entre as áreas. Outra
constatação importante diz respeito à participação da Linguística, Letras e Artes e das
Ciências Sociais Aplicadas que, no estado de Alagoas, se apresentam mais bem posicionadas
em relação ao país. Em compensação, o quantitativo de bolsas relacionado com a grande
área das Ciências Humanas apresenta, no estado, posição inferior (7,3%) ao registrado no
país (14,2%).
A disparidade entre o quantitativo de bolsas de mestrado e doutorado atesta a carência
de programas de doutorado no estado de Alagoas. Enquanto no país a porcentagem de
bolsas para nível de mestrado está em 57.4%, em Alagoas o índice chega a 66,7%. Para o
nível de doutorado, Alagoas conta com 27,0% das bolsas, enquanto no país o índice registra
37,8%.
51

Figura 24 – Gráficos da distribuição de bolsas de pós-graduação Capes, por área de concentração e
por nível. Fonte: Geocapes. Disponível em: http://geocapes.capes.gov.br. Acesso em 12.06.2012.

No que tange à distribuição de discentes de pós-graduação, o estado apresenta
índices melhores daqueles apresentados na análise anterior. Contudo, isso pode mostrar que
algumas das grandes áreas apresentam um contingente significativo de discentes que não
são atendidos com bolsas da Capes (embora esse contingente possa ter sido atendido com
bolsas de outras agências de fomento).

52

Figura 25 - Mapa esquemático da distribuição de discentes de pós-graduação atendidos com bolsas
Capes em regiões brasileiras Fonte: Geocapes. Disponível em: http://geocapes.capes.gov.br. Acesso
em 12.06.2012.

Pode-se constatar, portanto, que a concessão de bolsas pela Capes não está
diretamente relacionada com a quantidade de alunos matriculados nos programas. As
grandes áreas Ciências Humanas e Ciências Sociais Aplicadas, por exemplo, apresentam a
segunda e terceira posição quanto ao número de discentes, mas quanto ao número de bolsas
concedidas, estão na quinta e oitava posição, respectivamente.

53

Figura 26 – Gráficos da distribuição de discentes de pós-graduação por área de concentração e por
nível. Fonte: Geocapes. Disponível em: http://geocapes.capes.gov.br. Acesso em 12.06.2012.

Quanto à distribuição de docentes com atividades de pesquisa pela Capes, Alagoas
conta em 2010 com 392 docentes, ocupando a segunda faixa no mapa abaixo. Observando o
gráfico, pode-se constatar que houve um crescimento contínuo do número de docentes
doutores com atividades de pesquisa vinculadas à Capes, entre 2001 e 2006. Esse
crescimento foi interrompido entre 2006 e 2007, com o decréscimo de 13 docentes doutores.
A partir de 2007 o crescimento foi retomado, registrando entre 2009 e 2010 o maior
crescimento na década.

54

Figura 27 - Mapa esquemático da distribuição de docentes com atividades de pesquisa pela bolsas
Capes em regiões brasileiras Fonte: Geocapes. Disponível em: http://geocapes.capes.gov.br. Acesso
em 12.06.2012.

Figura 28 – Gráfico
da quantidade
de docentes
doutores
atividades
pesquisa pela Capes
Docentes
doutores
com atividade
decom
pesquisa
pela de
Capes
em Alagoas
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0

Alagoas
382

268

298

285

293

2006

2007

2008

324

224
105

122

141

2000

2001

2002

177

2003

2004

2005

2009

2010

Elaboração equipe técnica do Plano Diretor. Fonte: Geocapes. Disponível em:
http://geocapes.capes.gov.br. Acesso em 12.06.2012.

55

7.3. Extensão
Segundo o PDI da UFAL, cabe à Extensão vincular a pesquisa e o ensino, às
necessidades da sociedade e, ao mesmo tempo, buscar a construção e produção de
conhecimento, visando à transformação da sociedade em que está inserida. Entende-se,
portanto, que através da extensão, a universidade possa chegar à plenitude do seu papel
social e cabe a ela fazer com que a competência acadêmica estenda-se ao uso comum.
Nessa perspectiva, a extensão assume o compromisso com a função transformadora da
sociedade. As ações de extensão na UFAL, desenvolvidas como processo educativo, visam,
sobretudo, colaborar como parte indissociável na formação de profissionais éticos que
possam contribuir na elevação das condições de v ida da comunidade local e para o
progresso e desenvolvimento regional. Essas ações se consubstanciam em forma de
programas, projetos, cursos de extensão, eventos, prestação de serviço, produções e
produtos acadêmicos.
O levantamento realizado no Banco de Ações de Extensão6 teve por objetivo oferecer
um panorama do desenvolvimento das ações de extensão do Campus Arapiraca em relação
aos demais campi e Unidades da UFAL nos últimos seis anos. Segundo o Levantamento, o
Campus A. C. Simões e Delza Gitaí desenvolveram nos últimos seis anos 64,4% das ações de
extensão da Universidade, enquanto o Campus Arapiraca desenvolveu 33,1% e o Campus do
Sertão7, 4,5%.
As ações de extensão mais desenvolvidas pela UFAL nos últimos seis anos são das
áreas de Educação, com 25,6% das ações, Saúde, com 24,6% e Cultura, com 13,7%. O
campus Arapiraca apresenta maior participação nas ações de extensão das áreas de Meio
Ambiente – com 69.8% do total de ações desenvolvidos pela UFAL –, Direitos Humanos, com
49.4% e Tecnologia e Produção, com 47.3% das ações. Interessante constatar que nas três
áreas com maior quantidade de ações de extensão, Educação, Saúde e Cultura, o campus
apresenta participação menor.

6

Disponível em www.ufal.edu.br. Acesso em 05.04.2012.

7

Cabe ressaltar que o Campus do Sertão passou a desenvolver ações de extensão a partir de 2010, já
que entrou em funcionamento em 2009. Portanto, o lastro de tempo tomado pelo levantamento,
apresenta diferença de três anos entre o Campus do Sertão e os dois outros Campi,. Se contarmos a
participação dos Campi no período entre 2010 e 2012 a fatia representada pelo Campus do Sertão será
maior.
56

Figura 29 - Quadro com as ações de extensão por área, desenvolvidas entre 2007 e 2012, nos
campi da Universidade Federal de Alagoas
AÇÃO DE EXTENSÃO
COMUNICAÇÃO
CULTURA
DIR HUMANOS
EDUCAÇÃO
MEIO AMBIENTE
SAUDE
TECNOL. E PRODUÇÃO
TRABALHO
Não preenchido
TOTAL

CAMPUS
ARAPIRACA

CAMPUS
SERTÃO*

7
47
40
130
97
95
69
55
3
543

6
4
0
23
6
0
0
2
0
41

CAMPUS A.
C. SIMÕES/
D. GITAI
51
173
41
269
36
309
77
99
1
1056

TOTAL
(2007-2012)

% CAMPUS
ARAPIRACA

64
224
81
422
139
404
146
156
4
1640

10.9%
21.0%
49.4%
30.8%
69.8%
23.5%
47.3%
35.3%
—
33.1%

Fonte: Banco de ações de extensão. Disponível em: www.ufal.edu.br
(*) O campus do Sertão foi criado em 2009, portanto suas ações de extensão tiveram início em 2010.

A análise das ações de extensão quanto ao tipo, mostrou que 68,5% das ações
desenvolvidas pela UFAL são do tipo projeto, seguidas dos eventos, com 15,5%, e dos cursos
de extensão, com 12,6%. No Campus Arapiraca, as parcelas representativas de cada tipo
seguem a ordem geral, mas apresentam variação maior: 76,2% das ações são projetos. Isso
indica que o desenvolvimento de cursos de extensão e realização de eventos é menor no
campus do que no quantitativo geral da Universidade. Tais valores estão relacionados com o
número de cursos (e conseqüente com o número de professores), com a carga de trabalho
docente e a infraestrutura disponível em cada campi.
Figura 30 - Quadro com as ações de extensão por tipo, desenvolvidas entre 2007 e 2012, nos
campi da Universidade Federal de Alagoas
ÁREA DE EXTENSÃO
PROGRAMA
PROJETO
CURSO DE EXTENSÃO
EVENTO
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
PROD. E PUBLICAÇÃO
Sem informação
TOTAL

CAMPUS
ARAPIRACA

CAMPUS
SERTÃO*

11
414
52
64
0
0
2
543

4
31
6
0
0
0
0
41

CAMPUS A.
C. SIMÕES/
D. GITAI
37
679
148
190
1
1
0
1056

TOTAL
(2007-2012)

% CAMPUS
ARAPIRACA

52
1124
206
254
1
1
2
1640

21.2%
36.8%
25.2%
25.2%
0.0%
0.0%
100.0%
33.1%

Fonte: Banco de ações de extensão. Disponível em: www.ufal.edu.br
(*) O campus do Sertão foi criado em 2009, portanto suas ações de extensão tiveram início em 2010.

Desagregando os dados para analisar o Campus Arapiraca, pode-se constatar as
Unidades apresentam graus variados de participação no desenvolvimento de ações de
extensão. Tal variação resulta da diferença entre o número de cursos e conseqüentemente, do
número de professores lotados em cada Unidade.

57

Segundo o levantamento a Unidade Penedo desenvolveu nos últimos seus anos 10,9%
das ações de extensão desenvolvidas pelo Campus, a Unidade Palmeira desenvolveu 17,9%,
a Unidade Viçosa 7,7% e a Sede Arapiraca, 63,5% das ações.
As áreas de extensão desenvolvidas em cada Unidade estão relacionadas com os
cursos que funcionam em cada uma. Deste modo, o quadro abaixo mostra que a Unidade
Viçosa apresenta maior participação no desenvolvimento das ações na área de Saúde
(42,9%); a Sede, na área de Educação (25,8%); a Unidade Penedo, na área de Meio Ambiente
(27,1%) e a Unidade Palmeira dos Índios, na área de Direitos Humanos (35,1%).
Figura 31 - Quadro com as ações de extensão por área, desenvolvidas entre 2007 e 2012 nas
Unidades do Campus Arapiraca.
ÁREA DE EXTENSÃO
COMUNICAÇÃO
CULTURA
DIR HUMANOS
EDUCAÇÃO
MEIO AMBIENTE
SAUDE
TECNOL. E PRODUÇÃO
TRABALHO
Não preenchido
TOTAL

CAMPUS ARAPIRACA
ARAPIRACA
3
25
5
89
75
61
54
32
1
345

PALMEIRA
0
11
34
19
1
16
2
13
1
97

PENEDO
3
11
1
12
16
0
8
7
1
59

VIÇOSA
1
0
0
10
5
18
5
3
0
42

CAMPUS
ARAPIRACA
7
47
40
130
97
95
69
55
3
543

Fonte: Banco de ações de extensão. Disponível em: www.ufal.edu.br

No tocante ao tipo, as ações de extensão se distribuem de formas variadas nas
Unidades. Na Sede prevalece de modo absoluto as ações do tipo projeto, com 79,7% das
ações, assim como na Unidade Viçosa, 78,6%. Na Unidade Penedo, os cursos de extensão
apresentam participação maior do que a média geral da Universidade, representando 18,7%
das ações desenvolvidas na Unidade. Na Unidade Palmeira dos Índios, destaca a parcela de
eventos realizados, 21,6% das ações da Unidade.
Figura 32 - Quadro com as ações de extensão por área, desenvolvidas entre 2007 e 2012 nas
Unidades do Campus Arapiraca.
CAMPUS ARAPIRACA (2007-2012)
ARAPIRACA
PALMEIRA
PENEDO
PROGRAMA
6
2
2
PROJETO
275
63
43
CURSO DE EXTENSÃO
27
10
11
EVENTO
36
21
3
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
0
0
0
PROD. E PUBLICAÇÃO
0
0
0
Sem informação
1
1
0
TOTAL
345
97
59
ÁREA DE EXTENSÃO

VIÇOSA
1
33
4
4
0
0
0
42

CAMPUS
ARAPIRACA
11
414
52
64
0
0
2
543

Fonte: Banco de ações de extensão. Disponível em: www.ufal.edu.br

58

Programas Institucionais de Extensão
Pibip-ação
O Programa PIBIP-AÇÃO é composto de Projetos de Pesquisa-Ação que concorrem ao
Edital da PROEX/PROPEP e contemplam atividades relacionadas com as diversas formas de
ação coletiva orientadas para a transformação social, desenvolvidas por professores, técnicos
e alunos dos Campi A.C. Simões, Arapiraca e do Sertão. Constitui-se de projetos que
propõem contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população parceira e para o
processo de formação profissional dos alunos, no tocante à prática de investigação científica
aplicada. Caracteriza-se, efetivamente, como um processo educativo de formação,
reafirmando, assim, o compromisso da UFAL com a sociedade.

Òde ayé
Programa de Ações Afirmativas, coordenado pela Pró-Reitoria de Extensão e pelo
Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros – NEAB, que visa possibilitar a inserção do estudante
cotista no âmbito acadêmico, através do desenvolvimento de ações de pesquisa e de
extensão, bem como desenvolver estudos relativos às relações étnico-raciais e ao processo
de implementação da Lei 10.639/03 nas redes de ensino, além de contribuir para a formação
profissional e cidadã dos estudantes.

Proinart
Os projetos que concorrem ao Programa de Iniciação Artística da UFAL contemplam
atividades relacionadas à produção e difusão artística que contribuem para a consciência
cultural no que diz respeito à memória, à criação e à prática da Arte como um patrimônio
cultural de toda a sociedade. Os projetos seguiram em 2011, a temática ―JUVENTUDE NO
SÉCULO XXI: DESAFIOS E PERSPECTIVAS‖ como elemento integrador do programa. O
desenvolvimento do Programa tem como palco as bibliotecas, corredores, escolas, ruas,
jardins, teatros, auditórios, abrangendo tanto a comunidade universitária, quanto a
comunidade em geral e motivando a formação de novas plateias e agentes multiplicadores.
Em 2011, as propostas concorrem nas Expressões Artísticas de Música, Teatro, Dança,
Fotografia, Pintura, Audiovisual e Literatura. São disponibilizadas três bolsas para cada um
dos projetos aprovados.

Pró-extensão
Além dos Programas acima mencionados, a PROEX coordena o PRÓ-EXTENSÃO. Em
julho de 2011, foi lançada a segunda vigência do PRÓ-EXTENSÃO, com a concessão de
bolsas para estudantes, sendo uma para cada Programa. Foram incluídos os equipamentos
59

culturais da UFAL, vinculados à PROEX: Pinacoteca Universitária, Museu Théo Brandão de
Antropologia e Folclore, e Museu de História Natural.

Programas interinstitucionais
Conexões de saberes e Escola aberta
O Programa Conexões de Saberes é composto por quatro projetos:
Pré – Vestibular Comunitário no Campus Maceió e nos polos de Arapiraca, Palmeira
dos Índios e Penedo, atendeu em 2009, 510 (quinhentas e dez) tendo 124 (cento e vinte e
quatro) pessoas que passaram no vestibular da UFAL, em 2010, 6050 (seis mil e cinquenta)
pessoas em todo estado se inscreveram no portal da COPEVE, para participar do cursinho
preparatório para o vestibular 2010/2011, no total de 960 atendidas pelo projeto. Foram
aprovadas 190 (cento e noventa) pessoas. Para a preparação dos alunos foram realizadas as
seguintes atividades: uma aula inaugural com a participação de 350 pessoas e dezoito
―aulões‖, com a presença de 180 pessoas por aula.

Programa de extensão universitária – PROEXT/MEC
O Programa de Extensão Universitária - PROEXT – MEC/SESu é um instrumento que
abrange programas e projetos de extensão universitária, com ênfase na inclusão social,
visando aprofundar ações políticas que venham fortalecer a institucionalização da extensão no
âmbito das Instituições Federais e Estaduais de Ensino Superior . A UFAL foi contemplada
com recursos para a execução de oito programas e cinco projetos, que concorreram em 2011.

Programas:


Programa de Formação Docente UFAL SEE-AL: As dificuldades de Aprendizagem no
Ensino Superior, responsabilidade social de todos;



Formação de Incubadora de Empreendimentos Culturais e Artísticos – IncArte/UFAL;



Programa Integrado de Atenção Primária à Saúde;



Educação, promoção da saúde e desenvolvimento humano;



Fortalecimento da Agricultura Familiar nos Assentamentos da Mata e Litoral Alagoano;



Programa de Ações Articuladas em Economia Solidária no Estado de Alagoas;



Folguedos Populares em Alagoas: recuperação, disponibilização e pesquisa nos
acervos sonoro, fotográfico e documental do Museu Théo Brandão de Antropologia e
Folclore;



PRÓ-IDENTIDADE: A Percepção de Identidade na Educação Básica: gênero, etnia e
sexualidade nas relações educacionais das comunidades Quilombolas e Indígenas do
Alto Sertão.

60

Projetos:


Cooperativismo, Tecnologia Social e Inclusão Produtiva de Catadores de Materiais
Recicláveis;



Organização do Processo de Trabalho dos Catadores de Material Reciclável do Bairro
de Mangabeiras - Arapiraca/AL;



Mapeamento do Patrimônio Cultural do Agreste Alagoano;



A Eficácia do Judiciário e o Acesso à Justiça;



Práticas socioeducativas: estratégia para redução de danos e prevenção do uso de
drogas por adolescentes e jovens.

8. CARACTERIZAÇÃO DO CORPO SOCIAL DA COMUNIDADE ACADEMICA DA
UFAL CAMPUS ARAPIRACA
8.1. CORPO SOCIAL DA UFAL EM SEUS TRÊS CAMPI
Para fins de levantamento da população universitária da UFAL Campus Arapiraca, a
comunidade acadêmica foi dividida em três segmentos, conforme o Estatuto e Regimento
Geral da UFAL: docentes, técnicos-administrativos e discentes. O Estatuto define os diferentes
seguimentos da comunidade universitária da seguinte forma:
Corpo docente:
Art. 38. O corpo docente é constituído pelos integrantes da carreira do
magistério do quadro de pessoal permanente da Universidade e demais
professores admitidos, na forma da lei.
Art. 39. Os professores integrantes do corpo docente são lotados nas
Unidades Acadêmicas. (UFAL, 2006, p.16)

Corpo discente:
Art. 43. O corpo discente da Universidade é constituído por duas categorias
I - alunos regulares;
II - alunos especiais.
§ 1º. São alunos regulares os matriculados em cursos de graduação, pósgraduação, seqüenciais, e de formação profissional por campo do saber,
observado os requisitos indispensáveis à obtenção dos respectivos diplomas
ou certificados.
§ 2º. São alunos especiais os matriculados em cursos de extensão, em
disciplinas isoladas de cursos de graduação ou pós-graduação. (UFAL, 2006,
p.16)

Corpo técnico-administrativo:
Art. 46. O corpo técnico-administrativo é constituído dos servidores integrantes
do quadro de pessoal permanente da Universidade que exerçam atividades de
caráter técnico, administrativo e operacional.

61

De acordo com os números apresentados no website da UFAL, contabilizados os
quadros de servidores efetivos e os alunos matriculados nesse contexto, a comunidade
acadêmica da Universidade se distribui da seguinte forma:
Figura 33 - População universitária da Universidade Federal de Alagoas por segmento8
SEGMENTO
Professores efetivos

A.C. SIMOES
1128

CAMPUS
ARAPIRACA
197

SERTÃO
55

TOTAL
1380

1598

81**

23

1702

Técnicos-administrativos

Alunos matriculados - Graduação
20242
3400*
898
24540
Fonte: UFAL em números. Disponível em www.ufal.edu.br. Acesso em: 29.10.2011.
(*) Dados do corpo discente contabiliza todos os alunos existentes no sistema acadêmico em 2011.
(**) Dados do corpo técnico-administrativo do Campus Arapiraca foram fornecidos pela Departamento
de Recursos Humanos – Campus Arapiraca – atualizados em julho de 2012.

Selecionando os segmentos presentes em todos os campi, pode-se constatar que a
comunidade acadêmica do Campus Arapiraca, corresponde a 13% do total desses segmentos
da população universitária da UFAL.

Alunos - Graduação

Professores efetivos

Técnicos-administrativos

Figura 34 – gráficos da distribuição da comunidade acadêmica nos Campi da UFAL. Elaboração:
Equipe técnica PDUFAL/ARA. Levantamento realizado em: Dezembro/2011

8

Somente foram contabilizados na tabela os segmentos presentes nos três campi (A.C. Simões,
Arapiraca e Sertão), não sendo incluídos, portanto, os alunos de pós-graduação.
62

O corpo de alunos de graduação nos três campi guarda a proporção em relação ao
total da comunidade acadêmica da UFAL. A proporção de professores também se equipara a
uma fatia próxima da população total, cerca de 15%. O corpo técnico-administrativo é o que
registra maior discrepância, evidenciando uma defasagem no Campus Arapiraca, que
apresenta um quantitativo inferior se comparado ao contingente do Campus A. C. Simões. Os
três segmentos que compõe o corpo social do Campus do Sertão apresentam porcentagens
que correspondem à sua participação no total da população universitária da UFAL (4%).
A seguir serão desagregados os dados referentes a cada um dos segmentos do corpo
da UFAL Campus Arapiraca, na Sede e nas Unidades Viçosa, Penedo e Palmeira dos Índios.

8.2. CORPO SOCIAL DA UFAL NO CAMPUS ARAPIRACA (SEDE E UNIDADES)
O Campus Arapiraca, composto pela Sede, em Arapiraca, e pelas Unidades Penedo,
Palmeira dos Índios e Viçosa apresentam um corpo social formado por 3.469 pessoas9,
quando somados os três segmentos da comunidade universitária mais o corpo de
funcionários terceirizados.
A Sede conta com uma população universitária maior já que abriga 14 dos 19 cursos
oferecidos pelo Campus: Administração, Administração Pública, Agronomia, Arquitetura e
Urbanismo, Ciência da Computação, Biologia (Licenciatura), Educação Física (Licenciatura),
Enfermagem, Física (Licenciatura), Letras (Licenciatura), Matemática (Licenciatura), Pedagogia
(Licenciatura), Química (Licenciatura) e Zootecnia. A Unidade Palmeira dos Índios abriga dois
cursos: Serviço Social e Psicologia; a Unidade Penedo também abriga dois cursos, Turismo e
Engenharia de Pesca e a Unidade Viçosa abriga um curso, Medicina Veterinária.
Figura 35 - Quadro com os quantitivos do corpo social do Campus Arapiraca
UNIDADE

DOCENTES

TÉCNICOS

DISCENTES

FUNC. TERC.

TOTAL

2445
ARAPIRACA
138
53
2209
45
480
PALMEIRA
26
07
437
10
292
PENEDO
21
09
246
16
212
VIÇOSA
12
12
183
5
TOTAL
197
81
3075
76
3429
Elaboração: Equipe Técnica do Plano Diretor. Dados fornecidos pela Departamento de Recursos
Humanos – Campus Arapiraca – atualizados em julho de 2012.

A comparação entre a quantidade de cursos oferecidos em cada Unidade com o
contingente de pessoas evidencia que há uma discrepância nas participações da Unidade

9

Conforme levantamento realizado em dezembro de 2011.
63

Palmeira dos Índios e da Unidade Penedo. As Unidades Sede e Viçosa apresentam
porcentagens de participação no total do corpo social do Campus que correspondem
aproximadamente à participação na quantidade de cursos oferecidos. As duas Unidades
oferecem dois cursos, contudo, Palmeira dos Índios participa com 14% da população
universitária, enquanto Penedo participa com apenas 9%.
O número de docentes acompanha de modo aproximado o contingente de alunos. A
Sede conta com 70%, a Unidade de Palmeira dos Índios, com 09%; a Unidade Penedo, com
11%; e a Unidade Viçosa, com 6%. Quanto à composição do corpo técnico-administrativo, a
Unidade Palmeira dos índios participa com 09%, a Unidade Viçosa conta com 15% e a
Unidade Penedo respondem por 11% cada, e a Sede conta com 65% do total. No tocante ao
corpo discente, a Sede responde por 72%, Penedo, por 8%, Viçosa por 6% e Palmeira por
14%. A discrepância entre as participações das Unidades Palmeira dos Índios e Penedo,
portanto, é maior no segmento discente. As hipóteses para essa discrepância podem estar
relacionadas com o grau de procura pelos cursos oferecidos nessas duas Unidades.

Cursos oferecidos pelo Campus Arapiraca

Corpo social do Campus Arapiraca

Sede e Unidades

Participação de cada Unidade

5.3%

6%
9%

10.5%

ARAPIRACA

10.5%

14%

PALMEIRA
PENEDO

73.7%

71%

VIÇOSA

Figura 36 – Gráficos comparativos entre o número de cursos de graduação oferecidos no Campus
Arapiraca e a distribuição da comunidade acadêmica por Unidade de Ensino. Elaboração: Equipe Técnica
do Plano Diretor.

8.2.1. CORPO DOCENTE
A caracterização do corpo docente foi realizada com base em levantamentos de dados
feitos entre dezembro de 2011 e fevereiro de 2012, utilizando como base o quadro docente do
Campus, fornecido pela Direção Acadêmica, e a Plataforma Lattes, hospedada no portal do
CNPq. Esse levantamento apontou que a UFAL Campus Arapiraca possui 197 professores
efetivos, distribuídos na sede e nas três Unidades Acadêmicas. Desse total, 138 estão lotados

64

na Sede (70,0%), 26 em Palmeira dos Índios (13,2%), 21 em Penedo (10,7%) e 12 em Viçosa
(6,1%).
No tocante ao gênero, há predominância de homens, já que o quadro docente conta
com 86 professoras, correspondendo a 44%, e 111 professores, compondo 56% do quadro. A
porcentagem de professores em relação ao gênero varia em cada unidade de acordo com os
cursos oferecidos. Em alguns cursos, o quadro de professores é composto majoritariamente
por mulheres, em outros, por homens.
Figura 37 - Corpo docente. Divisão por gênero

Unidade Viçosa

42%

Unidade Palmeira
dos Índios

Unidade Penedo

38%

58%

Sede Arapiraca

38%
62%

Feminino

62%

41%
59%

Masculino

O ano de ingresso na UFAL atesta a quantidade de concursos realizados a cada ano. O
gráfico mostra que em 2006, 37 professores efetivos foram lotados no Campus Arapiraca. Em
2007 houve uma grande queda, com apenas 8 novos concursados. Em 2008, houve nova
retomada dos concursos, aproximando do contingente de concursados em 2006. O ano de
2009 foi o período com o maior número de professores concursados, registrando o dobro de
professores do quadro permanente admitidos em 2008. Em 2010 há uma nova queda e o
patamar volta aos estágios de 2006 e 2008. Por fim, em 2011 há nova redução, registrando 18
concursados admitidos. O quantitativo de professores está relacionado com a demanda de
cada curso, conforme o número previsto nos projetos pedagógicos. Contudo, dos 19 cursos
oferecidos pelo Campus, 16 haviam sido criados em 2006 e entraram em funcionamento em
2007. Vários cursos sofreram atrasos na composição final dos seus quadros docentes,
impactando negativamente na oferta de disciplinas, gerando demandas reprimidas nos
períodos finais de conclusão dos cursos.

65

Contratação de docentes efetivos
70
63

60
50
40

37

34

31

30
20

18

10

8

0
2006

2007

2008

2009

2010

2011

Figura 38 – Gráfico do numero de contratações de docentes efetivos para o Campus Arapiraca.
Elaboração: Equipe técnica do Plano Diretor

O levantamento do ―ano de conclusão da graduação‖ foi utilizado como critério de
mensuração aproximada da idade do docente e do tempo de serviço, de modo a prever fases
de renovação do quadro docente. O critério parte da premissa que a maior parte das pessoas
conclui seu curso de graduação entre 20 e 25 anos de idade e ingressam na pós-graduação
após os 25 anos. Com base nesses dados, pode-se concluir que 63% do quadro docente da
UFAL Campus Arapiraca, possuem idade estimada entre 25 e 35 anos. Os professores com
idade estimada entre 35 e 45 anos correspondem a 30% e os professores com idade estimada
em mais de 45 anos, participam com 4% do total. Esse dado mostra que o corpo docente do
Campus é relativamente jovem, com poucos professores com idades entre 50 e 60 anos.

Corpo docente UFAL Campus Arapiraca Total
Ano de conclusão do curso de graduação
Infs. Incompletas
3%

1970-1979
1%

1980-1989
3%

1990-1999
30%

2000-2010
63%

Figura 39 – Gráfico da distribuição do corpo docente, por ano de conclusão de seu ensino de graduação.
Elaboração: Equipe Técnica do Plano Diretor.

66

A origem dos professores que compõem o quadro docente foi levantada com base nos
locais em que foi cursada a graduação. Esse dado foi utilizado levando em conta que o aluno
de graduação, devido a maior comodidade ou à menor disponibilidade de recursos, procura
universidades próximas às suas cidades de origem.
Partindo desse pressuposto, o levantamento apontou que os professores que
compõem o corpo docente da UFAL Campus Arapiraca cursaram suas graduações em 19 das
27 Unidades da Federação. Alagoas conta com o maior contingente, já que graduaram nesse
estado 47,6% do total de professores, seguido de Pernambuco, onde se graduaram 15,7%
dos professores. Na região Nordeste, graduaram 80% dos professores; na região Sudeste,
12%; na região Sul, 6% e nas regiões Norte e Centro-Oeste, graduaram 2% do corpo docente.
Cartograma. Corpo docente: UF em que cursou a graduação

1a 3
4a 6
7 a 10

11 a 30
31 a 91
Nenhum

Figura 40 – Cartograma do corpo docente, distribuição por Unidade Federativa onde cursou a
graduação. Elaboração: Equipe Técnica do Plano Diretor. Fonte: Plataforma Lattes

Ao analisarmos as informações referentes ao local onde foi cursado o mestrado,
podemos constatar pelo cartograma a Paraíba aparece com maior participação do que no
caso anterior, saltando duas faixas na legenda. Estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do
Sul e Santa Catarina também passam a apresentar faixa de contribuição maior do que consta
nos locais de graduação. Pernambuco apresenta incremento e passa a dividir a faixa maior
com o estado de Alagoas.

67

Cartograma. Corpo docente: UF em que cursou o Mestrado

1a 2
4a 6
7a 8

17 a 26
37 a 53
Nenhum
Mestrados cursados em
outros países: 2 professores,
na Espanha.

Figura 41 – Cartograma do corpo docente, distribuição por Unidade Federativa onde cursou o
mestrado. Elaboração: Equipe Técnica do Plano Diretor. Fonte: Plataforma Lattes

A análise do local onde foram cursados os doutorados sinaliza um aumento
significativo da participação de São Paulo e de Minas Gerais em relação às duas situações
anteriores. A Paraíba se mantém como pólo de atração dos professores do Campus e a Bahia
decresce na composição dessa modalidade.
Cartograma. Corpo docente: UF em que cursou o Doutorado

1a 3
4a 8
8 e 12

13 a 24
Nenhum

Figura 42 – Cartograma do corpo docente, distribuição por Unidade Federativa onde cursou o
doutorado. Elaboração: Equipe Técnica do Plano Diretor. Fonte: Plataforma Lattes

68

No tocante à titulação, o levantamento apontou que o quadro docente do Campus,
hoje é formado por 36% de doutores, 56% de mestres, 7% são especialistas ou estão com o
mestrado em andamento e 1% não foi classificado10. Os pós-doutores correspondem à 6% do
quadro docente. Considerando o quadro atual de professores, a conclusão dos doutorados
em andamento elevará, nos próximos 4 anos, a fatia representativa de doutores para 51%,
gerando um incremente de 44% no número de doutores. Esse salto de crescimento é
importante para a qualificação do quadro docente e ampliará as demandas de ampliação da
infraestrutura destinada a atividades de pesquisa.

Titulação dos docentes
Campus Arapiraca Sede e Unidades

mestrado em
andamento
5%

infs. incompletas
1%
pós-doutores
6%
especialistas
pos-doutorado
2%
em andamento
1%

doutores
29%
mestres
40%
doutorado em
andamento
16%

Figura 43 – Gráfico da titulação dos docentes do Campus Arapiraca. Fonte: Plataforma Lattes
Elaboração: Equipe técnica do Plano Diretor UFAL campus Arapiraca Sede e Unidades.

8.2.2 CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO
O Corpo Técnico Administrativo da UFAL Campus Arapiraca é composto por 81
servidores sendo 53 lotados na Sede, em Arapiraca; 7 na Unidade Palmeira; 9 na Unidade
Penedo e 12 na Unidade Viçosa11. Desse contingente 35 estão lotados em setores
administrativos12, 26 em laboratórios, 8 nas biblioteca, 5 nos Núcleos de Tecnologia da
10

As buscas realizadas na Plataforma Lattes não encontraram resultados ou os currículos encontrados
encontravam-se desatualizados.
11

Conforme levantamento realizado em Dezembro de 2011.

12

Foram considerados setores administrativos: Administração, Coordenadoria de Registro e Controle
Acadêmico (CRCA), Direção Acadêmica, Divisão de Serviços Gerais (DSG), Secretaria de Cursos,
Secretaria Executiva e Assuntos Educacionais.
69

Informação (NTI) e 7 em atividades específicas (2 Pedagogos, 1 Engenheiro Civil, 2 Médico
Veterinário, 1 Técnico em Contabilidade e 1 Assistente Social).

Figura 44 - Distribuição do corpo técnico-administrativo em setores por Unidade Acadêmica
UNIDADE
VIÇOSA

UNIDADE P.
INDIOS

UNIDADE
PENEDO

SEDE
ARAPIRACA

TOTAL

Administração

1

0

0

4

5

Técnico em contabilidade

0

0

0

1

1

Engenheiro Civil

0

0

0

1

1

Bibliotecário

1

1

1

1

4

Auxiliar de Biblioteca

0

0

0

1

1

Coord. de Registro e
Controle Acadêmico CRCA TAE

1

1

2

2

6

Pedagogo

0

0

0

2

2

Assistente Social

0

0

0

1

1

Núcleo de Tecnologia da
Informação (NTI)

0

1

1

3

5

Secretaria de Cursos/ de
Unidade

0

0

0

4

4

Secretaria Executiva

1

2

1

5

9

Assistente administrativo

1

2

1

10

14

Técnico em laboratório

5

0

3

18

26

Médico Veterinário

2

0

0

0

2

TOTAL

12

7

9

53

81

LOTAÇÃO

Elaboração: Equipe Técnica do Plano Diretor

O quadro com a distribuição do corpo técnico administrativo mostra os gargalos que
comprometem o desempenho das atividades universitárias nas Unidades Acadêmicas. As
principais carências estão em atividades de secretariado de cursos, auxiliares administrativos
em diversos setores e técnicos em informática.

Essas funções estão ligadas a órgãos

fundamentais para o bom desempenho das atividades universitárias e a carência de corpo
técnico capacitado para desempenhá-las apresenta-se como um grave problema e precisa ser
superado com urgência.
Na Sede, o gargalo maior está na função de secretariado de curso. O Campus conta
com 19 cursos e apenas 4 secretários de curso para atender a todos eles. Essa defasagem
gera sobrecarga de trabalho aos coordenadores de curso, que além de desempenhar as
70

atividades de professor e coordenador, também acumula tarefas de secretariado, como
redação de atas, organização de documentos, organização de agenda, levantamento dedos
acadêmicos entre outros. Além do problema de recursos humanos, a Sede enfrenta também
carência de infraestrutura para abrigar os técnicos, configurando um duplo problema. Uma vez
concursados, os técnicos não tem onde ser lotados para desempenhar suas funções.
Na Unidade Palmeira dos Índios faltam técnicos para auxiliar nas atividades da Clínica,
do Curso de Psicologia, e nas ações realizadas pelo Curso de Serviço Social.

Figura 45 – Gráfico da distribuição do Corpo Técnico-Administrativo por função, ou atividade.
Elaboração: Equipe Técnica do Plano Diretor

No tocante ao gênero, o corpo técnico administrativo é composto por 54 servidores do
sexo masculino e 27 servidores do sexo feminino. O maior porcentagem de servidores do sexo
feminino está na Unidade Palmeira dos Índios, 3 dos 7 servidores são mulheres, o que
representa 42%. Nas Unidades Viçosa 75% dos servidores são homens, e em Penedo 1/3 dos
servidores são mulheres (33%) e a Sede, em Arapiraca, conta com 34% de mulheres (18) em
um total de 35 homens.

71

Figura 46 – Gráfico do Corpo Técnico-Administrativo – distribuição por gênero. Elaboração: Equipe
Técnica do Plano Diretor

8.2.3 CORPO DISCENTE
Segundo o levantamento realizado 13, o corpo discente da Universidade Federal de
Alagoas/Campus Arapiraca corresponde a um total de 3.075 alunos, distribuídos nos
dezenove cursos sediados em suas quatro Unidades Acadêmicas. Na Sede, estão
matriculados 2.209 alunos, distribuídos em 14 cursos. Na Unidade de Palmeira dos Índios, o
corpo discente totaliza 437 alunos em dois cursos. Na Unidade de Penedo, estudam 246
alunos em dois cursos e na Unidade de Viçosa, 183 alunos em um curso. A porcentagem de
alunos matriculados em cada unidade pode ser visualizada no gráfico abaixo:

Corpo dicente da UFAL Campus Arapiraca por Unidade
8%

6%

14%

ARAPIRACA - 14 CURSOS

PALMEIRA DOS ÍNDIOS - 2 CURSOS
72%

PENEDO - 2 CURSOS
VIÇOSA - 1 CURSO

13

Dados organizados pela Direção Acadêmica do Campus Arapiraca entre 01 e 14 de novembro de
2011 e cedido à equipe Técnica do Plano Diretor UFAL Campus Arapiraca Sede e Unidades em 17 de
novembro de 2011.
72

Figura 47 – Gráfico do corpo discente por Unidade de Ensino. Elaboração: Equipe Técnica do Plano
Diretor UFAL Arapiraca e Unidades.Fonte: Direção Acadêmica do Campus Arapiraca

Analisando o corpo discente por curso, a desagregação dos dados mostra que, dentre
os cursos criados na primeira fase da interiorização, em 2006, o curso de Educação Física é
apresenta o maior número de alunos e o curso de Turismo, o menor.
Figura 48 – Quadro do Corpo discente do Campus Arapiraca: quantidade por curso
CURSO
Administração
Administração Pública
Agronomia
Arquitetura e Urbanismo
Ciência da Computação
Ciências Biológicas
Educação Física
Enfermagem
Engenharia de Pesca
Física
Letras/Língua Portuguesa
Matemática
Medicina Veterinária
Pedagogia
Psicologia
Química
Serviço Social
Turismo
Zootecnia
TOTAL

GRAU
ACADEM
Arapiraca
Bacharelado
Arapiraca
Bacharelado
Arapiraca
Bacharelado
Arapiraca
Bacharelado
Arapiraca
Bacharelado
Arapiraca
Licenciatura
Arapiraca
Licenciatura
Arapiraca
Bacharelado
Penedo
Bacharelado
Arapiraca
Licenciatura
Arapiraca
Licenciatura
Arapiraca
Licenciatura
Viçosa
Bacharelado
Arapiraca
Licenciatura
P. dos Índios Bacharelado
Arapiraca
Licenciatura
P. dos Índios Bacharelado
Penedo
Bacharelado
Arapiraca
Bacharelado
UNIDADE

ANO DE
CRIACAO
2006
2010
2006
2006
2006
2006
2006
2006
2006
2006
2010
2006
2006
2010
2006
2006
2006
2006
2006

VAGAS/
ANO*
50
40
50
50
50
50
40
50
40
50
50
50
50
50
40
40
40
50
40
810

DURACAO
(SEM.)
8 a 16
8 a 12
10 a 18
10 a 18
8 a 14
8 a 14
8 a 14
9 a 14
10 a 18
8 a 14
8 a 12
8 a 14
10 a 16
8 a 12
10 a 16
8 a 14
8 a 12
8 a 14
10 a 16

NÚMERO
ALUNOS**
194
40
204
199
197
208
217
190
150
177
40
180
183
40
219
176
218
96
147
3075

(*) Números de vagas oferecidas em 2010.
(**) Com base em dados levantados em novembro de 2011.

No tocante ao gênero, 60% dos alunos do Campus Arapiraca são do sexo feminino e
40% do sexo masculino. Nas Unidades, há uma variação entre o número de alunos do sexo
masculino e feminino. A Unidade de Palmeira dos Índios é a que apresenta a maior diferença
de gênero: 84% dos alunos são do sexo feminino. Na Unidade de Penedo, o corpo discente é
composto de 59% de alunas e na Sede, 54%. A Unidade de Viçosa é a única que apresenta o
corpo discente majoritariamente masculino, 51% do alunado é composto por alunos do sexo
masculino.
Figura 49 – Quadro do Corpo discente do Campus Arapiraca: gênero.
CURSO

UNIDADE

Administração
Administração Pública

Arapiraca
Arapiraca

Agronomia

Arapiraca

Arquitetura e Urbanismo

Arapiraca

Ciência da Computação

Arapiraca

GÊNERO
MASC

FEM

44%
46%
64%
42%
82%

56%
54%
36%
58%
18%
73

%

Ciências Biológicas

Arapiraca

Educação Física

Arapiraca

Enfermagem
Engenharia de Pesca

Arapiraca
Penedo

Física

Arapiraca

Letras/Língua Portuguesa
Matemática

Arapiraca
Arapiraca

Medicina Veterinária
Pedagogia
Psicologia

18%
51%
23%
48%
60%
35%
51%
51%
13%
17%
37%
16%
25%
46%
40%

Viçosa
Arapiraca
Palmeira dos Índios

Química

Arapiraca

Serviço Social

Palmeira dos Índios

Turismo

Penedo

Zootecnia
TOTAL

Arapiraca

Unidade Palmeira
dos Índios

Unidade Penedo

38%

Sede Arapiraca

38%
62%

62%

82%
49%
77%
52%
40%
65%
49%
49%
87%
83%
63%
84%
75%
54%
60%

41%
59%

Feminino

Feminino

Masculino

Masculino

Feminino

Feminino

Masculino

Masculino

Figura 50 – Gráfico da distribuição do Corpo Discente por gênero nas Unidades de Ensino. Elaboração:
Equipe Técnica do Plano Diretor UFAL Arapiraca e Unidades. Fonte: Direção Acadêmica do Campus
Arapiraca

74

A análise do aluno quanto à idade apontou que o corpo discente da UFAL Campus
Arapiraca, somados os alunos das quatro Unidades, apresenta 23,3% na faixa etária de 16 a
19 anos. Mais da metade (54,1%) está na faixa entre 20 e 24 anos e 22,6% têm mais de 25
anos. Esses percentuais variam em cada Unidade em função do número de cursos e da
duração dos mesmos, aumentando ou diminuindo o tempo de permanência na universidade.

Figura 51 – Tabela da Média de idade do corpo discente por curso
CURSO
Administração

UNIDADE
Arapiraca

GRAU ACAD
Bacharelado

DURACAO MIN
4 anos

Administração Pública

Arapiraca

Bacharelado

4 anos

21.5 anos

Ciência da Computação

Arapiraca

Bacharelado

4 anos

21.4 anos

Ciências Biológicas

Arapiraca

Licenciatura

4 anos

22.3 anos

Educação Física

Arapiraca

Licenciatura

4 anos

23.1 anos

Física

Arapiraca

Licenciatura

4 anos

22.9 anos

Letras/Língua Portuguesa

Arapiraca

Licenciatura

4 anos

0.0 anos

Matemática

Arapiraca

Licenciatura

4 anos

22.3 anos

Pedagogia

Arapiraca

Licenciatura

4 anos

21.5 anos

Química

Arapiraca

Licenciatura

4 anos

22.5 anos

Palmeira dos Índios

Bacharelado

4 anos

23.5 anos

Turismo

Penedo

Bacharelado

4 anos

23.3 anos

Enfermagem

Arapiraca

Bacharelado

4,5 anos

21.6 anos

Agronomia

Arapiraca

Bacharelado

5 anos

22.9 anos

Arquitetura e Urbanismo

Arapiraca

Bacharelado

5 anos

22.7 anos

Engenharia de Pesca

Penedo

Bacharelado

5 anos

23.6 anos

Medicina Veterinária

Viçosa

Bacharelado

5 anos

23.1 anos

Psicologia

Palmeira dos Índios

Bacharelado

5 anos

22.8 anos

Zootecnia

Arapiraca

Bacharelado

5 anos

23.2 anos
22.6 anos

Serviço Social

MEDIA TOTAL

MED IDADE
21.6 anos

O gráfico abaixo sinaliza que a grande maioria do alunado tem idade na faixa entre 16 e
29 anos, somando 93,0% do corpo discente. Alunos com mais de 30 anos ou mais compõem
apenas 7,0% do alunado, sinalizando um baixo percentual de ingresso de alunos com
experiência profissional consolidada. A predominância de cursos cujos funcionamentos se
dão unicamente no período diurno pode explicar a baixa representatividade de alunos com
idade maior, uma vez que nessa idade, grande parte das pessoas já está empregada em
firmas que funcionam em horário comercial, dificultando o desempenho de outras atividades
além daquelas realizadas nos turnos de trabalho.

75

Corpo discente da UFAL Campus Arapiraca
Sede e Unidades
Idade
51 anos
50 anos
49 anos
48 anos
47 anos
46 anos
45 anos
44 anos
43 anos
42 anos
41 anos
40 anos
39 anos
38 anos
37 anos
36 anos
35 anos
34 anos
33 anos
32 anos
31 anos
30 anos
29 anos
28 anos
27 anos
26 anos
25 anos
24 anos
23 anos
22 anos
21 anos
20 anos
19 anos
18 anos
17 anos
16 anos

2
0
4
3
1
2
1
3
4
6
7
5
8
6
13
7
11
21
17
24
23

0.8%
4.2%

1.5%

0.4%
0.1%
15 a 19 anos

20 a 24 anos
23.4%

15.6%

25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos

40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos

54.0%

43
47
71
77
108

171
223
301

373
344

395
384
260
62

4

Figura 52 – Gráficos da distribuição do Corpo Discente por faixa etária. Elaboração: Equipe Técnica do
Plano Diretor UFAL Arapiraca e Unidades. Fonte: Direção Acadêmica do Campus Arapiraca

O levantamento sobre a formação no ensino médio do alunado da UFAL Campus
Arapiraca mostrou que 78% dos alunos cursaram o ensino médio em escolas públicas,
enquanto 22% cursaram no ensino privado. A composição dessa porcentagem em cada
Curso é apresentada na tabela a seguir.

Figura 53 – Quadro da Formação no ensino médio do corpo discente da UFAL Campus Arapiraca
em escola pública ou privada.
76

CURSO
GRAU ACAD
UNIDADE
Administração
Bacharelado
Arapiraca
Administração Pública
Bacharelado
Arapiraca
Agronomia
Bacharelado
Arapiraca
Arquitetura e Urbanismo
Bacharelado
Arapiraca
Ciência da Computação
Bacharelado
Arapiraca
Ciências Biológicas
Licenciatura
Arapiraca
Educação Física
Licenciatura
Arapiraca
Enfermagem
Bacharelado
Arapiraca
Engenharia de Pesca
Bacharelado
Penedo
Física
Licenciatura
Arapiraca
Letras/Língua Portuguesa Licenciatura
Arapiraca
Matemática
Licenciatura
Arapiraca
Medicina Veterinária
Bacharelado
Viçosa
Pedagogia
Bacharelado
Arapiraca
Psicologia
Bacharelado Palmeira dos Índios
Química
Licenciatura
Arapiraca
Serviço Social
Bacharelado Palmeira dos Índios
Turismo
Bacharelado
Penedo
Zootecnia
Bacharelado
Arapiraca
TOTAL

ALUNOS ENS PUB
194
151
40
39
204
167
199
124
197
121
208
161
217
150
190
116
150
117
177
153
40
40
180
155
183
105
40
40
219
152
176
159
218
142
96
88
147
112
3075
2292

ENS PRI
43
1
37
75
76
47
67
74
33
24
0
25
78
0
67
17
76
8
35
783

ENS PUB
78%
98%
82%
62%
61%
77%
69%
61%
78%
86%
100%
86%
57%
100%
69%
90%
65%
92%
76%
78%

ENS PRI
22%
3%
18%
38%
39%
23%
31%
39%
22%
14%
0%
14%
43%
0%
31%
10%
35%
8%
24%
22%

Fonte dos dados: Direção Acadêmica do Campus Arapiraca
Elaboração: Equipe Técnica do Plano Diretor UFAL Campus Arapiraca e Unidades Palmeira dos Índios, Penedo e Viçosa.

Os cursos que apresentaram o maior número de alunos advindos de escolas privadas
foram Medicina Veterinária (43%), Enfermagem (39%), Ciências da Computação (39%) e
Arquitetura e Urbanismo (38%). As maiores porcentagens de alunos advindos do ensino
médio público estão nos cursos que funcionam em período noturno: Administração Pública,
Pedagogia e Letras/Língua Portuguesa. Dentre os cursos que funcionam em período diurno,
aqueles que possuem as maiores porcentagens de alunos advindos do ensino médio público
são Turismo (92%) e as Licenciaturas em Química (90%), Física (86%) e Matemática (86%).
Esse quantitativo de alunos das licenciaturas proveniente de escolas públicas é importante
uma vez que um dos objetivos centrais da interiorização é o provimento de quadros para as
escolas públicas do Agreste e sertão Alagoanos.
Agregando os dados, pode-se constatar que na Unidade de Penedo, 85% dos alunos
cursaram o ensino médio em escolas públicas, em Palmeira dos Índios, 67%; em Viçosa, 57%;
e na Sede, 81%. As licenciaturas apresentaram maior porcentagem de alunos advindos do
ensino médio público, 85%; nos bacharelados a porcentagem é de 75%.

77

Figura 54 - Composição do alunado em função da origem do ensino médio em cada Unidade
Unidade Penedo

Unidade Viçosa

15%

Unidade Palmeira dos
Índios

Sede Arapiraca

19%
33%

43%
57%
81%

85%

Ensino Médio Público

67%

Ensino Médio Privado

Fonte dos dados: Direção Acadêmica do Campus Arapiraca
Elaboração: Equipe Técnica do Plano Diretor UFAL Campus Arapiraca e Unidades Palmeira dos Índios, Penedo e Viçosa.

A cartografia que apresenta o município de origem do alunado contemplou duas
escalas: a escala intramunicipal e a escala estadual.
Na escala intramunicipal, foram cartografados o local de residência dos alunos por
bairro, na zona urbana, e por localidade e povados, na zona rural dos municípios sede das
unidades do Campus Arapiraca. Esse levantamento tem por objetivo um mapeamento dos
bairros, localidades e povoados onde há maior concentração de alunos residentes.
O levantamento na escala estadual se deve à premissa de que a implantação dos
campi interioranos são estratégias de desenvolvimento regional. Deste modo, faz-se
necessário mensurar se o Campus Arapiraca está atendendo às demandas de formação
superior no interior do estado de Alagoas.
No âmbito do estado de Alagoas, os dados referentes ao município de origem do aluno
matriculado no Campus Arapiraca foram cartografados visando oferecer o modo como os
alunos estão distribuídos no estado.
Os alunos da UFAL Campus Arapiraca têm origem em 68 dos 102 municípios do
estado de alagoas: 24 municípios do Agreste Alagoano, 24 do Leste Alagoano (Zona da Mata)
e 20 do Sertão Alagoano. Além desses, 22 alunos são provenientes de outros 13 estados da
federação. A quantidade de alunos por município não é homogênea. Dos 3.075 alunos que
estudam na UFAL Campus Arapiraca (Sede e Unidades), 60,8% tem origem nos municípiossede das Unidades, sendo que 45,7% provêm de Arapiraca, 7,3% de Penedo, 7,0% de
Palmeira dos Índios e 0,8% de Viçosa. Portanto, 39,2% dos alunos que estudam no campus
são provenientes de outros municípios onde o Campus UFAL Arapiraca não está sediado.
Dados mais detalhados sobre a origem dos alunos por Unidade de Ensino estão
especificados nos relatórios das respectivas unidades. Segue abaixo um cartograma e um
78

gráfico da distribuição dos estudantes por munícipio de origem para todo o Campus
Arapiraca.
Alunos Campus Arapiraca – Sede e Unidades
Município de origem

CAMPESTRE JACUÍPE
COLÔNIA
IBATEGUARA LEOPOLDINA

MATA GRANDE
SANTANA
DO MUNDAU

OURO
BRANCO

CANAPI
PARICONHA

MARAVILHA

DELMIRO GOUVEIA

POÇO DAS TRINCHEIRAS

PIRANHAS

CARNEIROS
OLHO
OLIVENÇA
SÃO JOSÉ DA
D'ÁGUA DAS
TAPERA
FLORES

JAPARATINGA
PORTO DE
PEDRAS

FLEXEIRAS SÃO LUIZ
DO QUITUNDE

SÃO MIGUEL

PASSO DEDOS MILAGRES
CAMARAGIBE

MAJOR
IZIDORO

MURICI
PAULO
JACINTO

CAPELA
CAJUEIRO

VIÇOSA

SATUBA

BOCA DA
MATA

LIMOEIRO
DE ANADIA

CAMPO
GRANDE

MARECHAL
DEODORO

SÃO MIGUEL
DOS CAMPOS

JUNQUEIRO

LEGENDA

BARRA DE SÃO MIGUEL

ROTEIRO

SÃO
SEBASTIÃO

MACEIÓ

SANTA LUZIA
DO NORTE
COQUEIRO
SECO

CAMPO
ALEGRE

FEIRA
GRANDE

TRAIPU

Divisão regional

ANADIA

NÓIA

GIRAU DO LAGOA
PONCIANO DA CANOA

RIO LARGO

ATALAIA

PILAR

COITÉTAQUARANA
DO

CRAÍBAS

ARAPIRACA

BELO
MONTE

BARRA DE
SANTO ANTÔNIO
PARIPUEIRA

MAR
VERMELHOPINDOBA
TANQUE
D’ARCA
BELÉM
MARIBONDO

IGACI

JACARÉ DOS
JARAMATAIA
HOMENS
PALESTINA
BATALHA

MESSIAS

PALMEIRA
DOS ÍNDIOS

MONTEIRÓPOLIS
PÃO DE
AÇÚCAR

MATRIZ DO
CAMARAGIBE

PORTO
CALVO

QUEBRANGULO

MINADOR
DO NEGRÃO
DOIS
ESTRELA
RIACHOS
DE
CACIMBINHAS ALAGOAS

SANTANA DO
IPANEMA

SENADOR RUI
PALMEIRA

OLHO
D'ÁGUA DO
CASADO

JOAQUIM
GOMES

UNIÃO DOS
PALMARES

BRANQUINHA

CHÃ PRETA

INHAPI
ÁGUA BRANCA

MARAGOGI

JUNDIÁ
NOVO LINO

SÃO JOSÉ
DA LAJE

1 a 25

JEQUIÁ DA
PRAIA

TEOTÔNIO
VILELA

26 a 50

OLHO D'ÁGUA
GRANDE

CORURIPE

SÃO BRÁS

Sede/pólo Campus A. C. Simões

PORTO
REAL DO
COLÉGIO

Sede/pólo Campus Arapiraca

51 a 75

IGREJA
NOVA

PENEDO

76 a 100

FELIZ
DESERTO

Sede/pólo Campus Delmiro Gouveia
101 a 219

PIAÇABUÇU

220 a 1388
Fonte: Direção Acadêmica da UFAL/Campus Arapiraca

Nenhum

Elaboração: Equipe Técnica do Plano Diretor UFAL Arapiraca e Unidades

Figura 55 – Cartograma da distribuição do Corpo Discente por município de origem. Elaboração:
Equipe Técnica do Plano Diretor UFAL Arapiraca e Unidades. Fonte: Direção Acadêmica do Campus
Arapiraca

Corpo discente UFAL Campus Arapiraca
Sede e Unidades
Município de origem
OUTROS ESTADOS
0.7%

OUTROS MUNICIPIOS
DE AL
19.4%
TAQUARANA
2.3%

IGACI
2.4%
LAGOA DA
CANOA
2.4%
JUNQUEIRO
2.8%

ARAPIRACA
45.7%

GIRAU DO PONC
2.9%
TEOTONIO VILELA
3.2%
MACEIO
3.2%

VICOSA
0.8%

PALMEIRA
DOS INDIOS
7.0%

PENEDO
7.2%

Figura 56 – Gráfico da distribuição do Corpo Discente por município de origem. Elaboração: Equipe
Técnica do Plano Diretor UFAL Arapiraca e Unidades. Fonte: Direção Acadêmica do Campus Arapiraca

A distribuição das bolsas de permanência e de Desenvolvimento Institucional registra
assimetrias no atendimento em cada Unidade. A Sede, que conta com 72% do corpo discente
é atendida por apenas 44% das bolsas de permanência e 48% das bolsas de desenvolvimento
79

institucional. As discrepâncias na distribuição ficam claras quanto se observa a relação que
quantifica o número de alunos para cada bolsa distribuída. Na Sede, o índice chega a 1 bolsa
de permanência para cada 16 alunos, enquanto nas Unidades Palmeira dos Índios, Viçosa e
Penedo, esse índice cai para abaixo dos 7 alunos por bolsa. A Unidade Penedo conta com um
número de bolsas de BDI quase 3 vezes maior que Palmeira dos Índios e 4 vezes maior que a
Unidade Viçosa. Há que se aumentar significativamente o número de bolsas de modo a nivelar
o quantitativo para o melhor patamar, equiparando todas as Unidades ao mesmo índice de
distribuição de bolsas, tomando em consideração o numero total de alunos da unidade.
Figura 57 - Distribuição de Bolsas Permanência por Unidade
Unidade
Alunos Valor (R$)
Quantidade
Arapiraca

2209

Palmeira dos Índios

437

Penedo

246

Viçosa

183

TOTAL

3075

360,00

108.320,00

Aluno/Bolsa

135

Percentual
entre unidades
44%

62

20%

7,04

67

22%

3,67

38

12%

4,81

302

100,00%

10,18

16,36

Figura 58 - Distribuição de Bolsas de Desenvolvimento Institucional por Unidade
Unidade
Alunos Valor (R$)
Quantidade
Percentual
Aluno/Bolsa
entre unidades
Arapiraca
2209
24
48%
92,04
Palmeira dos Índios

437

Penedo

246

Viçosa

183

TOTAL

3075

360,00

18.000,00

6

12%

72,83

16

32%

15,37

4

8%

45,35

50

100,00%

61,50

Aluno/Bolsa

34

Percentual
entre unidades
65%

15

29%

29,13

3

6%

82,00

-

-

-

52

100,00%

59,13

Aluno/Bolsa

40

Percentual
entre unidades
71%

10

18%

43,70

Figura 59 – Distribuição de bolsas alimentação por Unidade
Unidade

Alunos

Arapiraca

2209

Palmeira dos Índios

437

Penedo

246

Viçosa*

183

TOTAL

3075

Valor (R$)

125,00

6.500,00

Quantidade

64,97

(*) dados não informados

Figura 60 – Distribuição de bolsas moradia por Unidade
Unidade

Alunos

Arapiraca

2209

Palmeira dos Índios

437

Valor (R$)
125,00

Quantidade

55,22

80

Penedo

246

6

11%

41,00

Viçosa*

183

-

-

-

TOTAL

3075

56

100,00%

54,91

7.250,00

(*) dados não informados

8.2.4. CORPO DE FUNCIONÁRIOS TERCEIRIZADOS
O corpo de terceirizados totaliza 76 funcionários e é composto por motoristas,
eletricista, encanador, pedreiro, manutenção, limpeza e seguranças. Os serviços terceirizados
nas Unidades do Campus Arapiraca são realizados por três empresas: Servipa, Ativa e Plena.
A Servipa Serviços Gerais Ltda realiza a prestação de serviços em segurança
integrada, compreendendo a disponibilização e instalação de equipamentos de captação,
geração, visualização e gravação de imagens. A empresa é responsável também por fazer o
controle de acesso de pessoas e veículos, operar com o sistema de alarme de intrusão e
destinar pessoal para os serviços de monitoramento e controle. A Servipa presta o serviço
através de 36 funcionários, que trabalham em horários alternados nas 4 Unidades, porém, na
Unidade Viçosa, o serviço é prestado pela Servipa terceirizada pela UFAL Campus A. C.
Simões.
A Ativa Serviços Gerais Ltda é especializada na prestação de serviços de limpeza,
conservação, higienização e desinfecção de áreas internas e externas com fornecimento de
mão-de-obra e material de limpeza. A Ativa conta com motoristas que fazem a condução dos
veículos institucionais. A empresa presta o serviço através de 13 funcionários distribuídos nas
4 Unidades.
A Plena Terceirização de Serviços Contratação atua na prestação de serviço de
limpeza, conservação, higienização e desinfecção de bens móveis e imóveis. A prestação do
serviço e realizada por 27 funcionários distribuídos nas 4 Unidades.

Figura 61 - Quantitativo de funcionários terceirizados em cada Unidade14
UNIDADE
ARAPIRACA
PALM INDIOS
PENEDO
VICOSA

14

ATIVA
10
1
1
1

PLENA
15
3
5
4

SERVIPA
20
6
10
0

TOTAL
45
10
16
5

Levantamento feito em novembro de 2011.
81

TOTAL

13

27

36

76

Os funcionários especializados – eletricista, pedreiro, encarregado da manutenção e
encanador – ficam sediados em Arapiraca e quando há necessidade de serviços de reparo nas
Unidades, esses funcionários são deslocados para solucionar o problema e retornam assim
que concluem o serviço. As demandas pela prestação de serviço desses funcionários são
frequentes e o deslocamento gera atrasos na resolução dos problemas. Faz-se necessário,
portanto, descentralizar os serviços desses funcionários especializados de modo que cada
Unidade conte com seus próprios funcionários. Para isso, é preciso ampliar o contingente de
funcionários terceirizados contratados.

Referências
CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO. Mapa de
Investimentos do CNPq. Disponível em http://efomento.cnpq.br. Acesso em 10.06.2012
GEOCAPES. Disponível em: http://geocapes.capes.gov.br. Acesso em 12.06.2012.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS. Prestação de Contas Ordinárias Anual, Relatório de Gestão
do Exercício de 2011. Maceió - AL, Março 2012, 348p.
_____. UFAL em números. Disponível em: www.ufal.edu.br. Acesso em: 29.10.2011
_____. Banco de ações de extensão. Disponível em: www.ufal.edu.br
_____. Projeto de Interiorização da Universidade Federal de Alagoas: Uma expansão necessária.
Maceió, 2005.
VERÇOSA, Élcio de Gusmão; CAVALCANTE, Simone (orgs). Universidade Federal de Alagoas: o livro
dos 50 anos. Maceió, Edufal, 2011.

82